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Trump propõe banir entrada de muçulmanos nos EUA

O candidato do Partido Republicano Donald Trump propôs então o fim temporário da imigração de muçulmanos para os Estados Unidos


	Donald Trump: o candidato insinuou que o presidente Barack Obama não adota medidas para derrotar quem planeja atacar alvos nos Estados Unidos
 (Brian Snyder / Reuters)

Donald Trump: o candidato insinuou que o presidente Barack Obama não adota medidas para derrotar quem planeja atacar alvos nos Estados Unidos (Brian Snyder / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 13h01.

O massacre em um clube noturno de Orlando, na Flórida, no último domingo (12), mudou o tom da campanha presidencial dos Estados Unidos e trouxe temas como o acesso a armas e políticas de imigração para o centro dos debates entre os candidatos que disputam uma vaga dentro de seus partidos para concorrerem às eleições presidenciais.

Na madrugada de domingo, o norte-americano e filho de afegãos Omar Mateen entrou na boate Pulse e abriu fogo contra frequentadores do local, voltado para o público LGBT, deixando 49 mortos e 53 feridos.

Momentos antes do massacre, Omar ligou para a Polícia e declarou fidelidade ao Estado Islâmico. Omar foi morto por policiais.

O candidato do Partido Republicano Donald Trump propôs então o fim temporário da imigração de muçulmanos para os Estados Unidos.

Já a candidata democrata Hillary Clinton, adotou discurso de diálogo com os imigrantes e com a comunidade muçulmana para evitar ataques terroristas no futuro.

Em discurso ontem (13), no estado de New Hampshire, Trump insinuou que o presidente Barack Obama não adota medidas para derrotar quem planeja atacar alvos nos Estados Unidos. Disse ainda que a atual política migratória dos Estados Unidos é “disfuncional” e “administrativamente incompetente”.

Ele também criticou a candidata democrata Hillary Clinton por se recusar a chamar os radicais muçulmanos de “terroristas”.

Ao defender que a imigração de muçulmanos seja proibida temporariamente, Trump disse que se referia a “áreas do mundo onde há um histórico comprovado de terrorismo contra os Estados Unidos, Europa e outros aliados."

Ele não especificou que países seriam afetados ou se a suspensão se aplicaria independentemente da religião.

Já a candidata democrata Hillary Clinton disse, em declarações à imprensa na cidade de Cleveland, Ohio, que em vez de proibir a entrada de muçulmanos, a melhor política é buscar o diálogo com a comunidade.

Ela lembrou que “milhões de pessoas que professam a religião muçulmana vivem pacificamente nos Estados Unidos” e considera injusto condenar todos os muçulmanos que vivem nos Estados Unidos por causa de uma pessoa.

Hillary sugere que é importante fortalecer o contato com a grande maioria de muçulmanos que vive no país, em vez de isolar a comunidade.

Proposta contraproducente

O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Jeh Johnson, criticou a proposta de Trump.

Em entrevista à rede de televisão ABC, Johnson disse que negar aos muçulmanos o direito de entrar nos Estados Unidos seria uma medida "contraproducente" e que "não iria funcionar".

Segundo ele, o momento é de "construir pontes" com as comunidades americanas muçulmanas para discutir as razões que levaram um seguidor da religião muçulmana a atirar em pessoas da comunidade LGBT que frequentavam o clube noturno da Flórida.

De acordo com o secretário, banir a entrada de muçulmanos não é apenas uma “solução simplista”, como irreal porque significa proibir a imigração de pessoas de toda uma região do mundo.

“Precisamos construir pontes com as comunidades muçulmanas nos Estados Unidos agora, para incentivá-los, inclusive, a nos ajudar nos nossos esforços de segurança interna”, disse Johnson.

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