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Trump promete controle mais rigoroso sobre compra de armas

Alunos do colégio onde ocorreu o massacre e familiares das vítimas exigiram que o presidente "faça a coisa certa" para evitar a repetição de tais episódios

Trump: "nós como país estamos fracassando em relação aos nossos filhos", disse o pai de uma das vítimas (Reuters)

Trump: "nós como país estamos fracassando em relação aos nossos filhos", disse o pai de uma das vítimas (Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 20h59.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu nesta quarta-feira aos familiares e sobreviventes do massacre da semana passada em uma escola da Flórida que promoverá controles mais rigorosos envolvendo os antecedentes dos compradores de armas.

Em uma emotiva reunião na Casa Branca, Trump disse que as autoridades serão "mais rigorosas ao checar os antecedentes, colocando mais enfase na saúde mental, além de muitas outras coisas".

"É um problema de longo prazo que temos que resolver e vamos resolver juntos", prometeu o presidente.

Dirigindo-se diretamente aos familiares das vítimas, Trump declarou: "vocês estão passando por uma enorme dor e não queremos que outras pessoas passem por isto".

Alunos do colégio onde ocorreu o massacre - que deixou 17 mortos - e familiares das vítimas exigiram que o presidente "faça a coisa certa" para evitar a repetição de tais episódios.

Andrew Pollack, pai de uma adolescente que morreu no tiroteio, disse que "nós como país estamos fracassando em relação aos nossos filhos (...). Não podemos subir em um avião com uma garrafa de água mas deixamos que um animal entre em uma escola e mate nossas crianças".

Samuel Zeif - 18 anos e que sobreviveu ao massacre na Florida - revelou ter lido que "uma pessoa de 20 anos comprou um fuzil AR-15 em cinco minutos com um documento de identidade vencido". "Como pode ser tão fácil comprar uma arma"?

Durante o encontro, Trump perguntou aos participantes se tinham alguma proposta, e o pai de uma aluna, Frederick Abt, declarou que "uma possível solução, talvez não muito popular, seria manter nas escolas professores ou monitores que voluntariamente teriam armas trancadas nas salas de aula e receberiam treinamento".

"Vamos analisar isto com rigor. Muita gente será contra mas muitos serão a favor. O bom é que haverá muita gente apoiando esta ideia", responder Trump a Abt, cuja filha sobreviveu ao ataque da semana passada.

Mas o presidente destacou que a iniciativa "só funcionaria com gente treinada para usar armas de fogo". "Seriam professores e treinadores".

"E, obviamente, estas armas não ficariam expostas", destacou o presidente.

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