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Trump prega reaproximação dos EUA com a fé cristã durante café da manhã anual no Congresso

Um dos eventos políticos mais importantes do calendário de Washington, encontro tem mais de 70 anos de tradição e reúne grupo bipartidário de congressistas

Agência o Globo
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Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 13h54.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2025 às 13h57.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 6, que o país "precisa se reaproximar da religião", porque são um país "temente a Deus" e para o qual "Ele tem um plano especial". Em tom messiânico, contou ainda como a tentativa de assassinato contra ele em julho fortaleceu sua fé no divino, acenando para sua base de apoiadores cristãos, em especial os protestantes, durante o anual Café da Manhã Nacional de Oração no Capitólio, em Washington.

"Temos nos reaproximar com muito mais força [da religião]", disse ele, dirigindo-se à multidão presente no anual Café da Manhã Nacional de Oração no Capitólio, em Washington. "É um dos maiores problemas que tivemos durante o último período de tempo prolongado".

Parte do discurso de Trump foi concentrada no atentado que ele sofreu, em julho do ano passado, durante um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia. Na ocasião, o republicano foi alvejado na orelha. Duas pessoas, incluindo o atirador, morreram e duas ficaram gravemente feridas.

"Sinceramente, isso mudou algo em mim, eu sinto", disse ele diante de uma multidão no Capitólio. "Sinto-me ainda mais forte. Eu acreditava em Deus, mas me sinto muito mais forte em relação a isso. Algo aconteceu".

Durante a campanha, Trump sempre contou a história de como uma leve virada de cabeça para olhar um gráfico com números sobre imigração o salvou de ser baleado em seu comício ao ar livre. O magnata e seus colegas republicanos dizem que foi um ato de Deus o fato de ele ter sobrevivido ao atentado.

"Foi quase como se um cervo tivesse se esquivado. Sabe, dizem que a única maneira de você errar quando é um bom atirador é se ele se esquivar", disse Trump. "Eu me esquivei. Eu me virei para a direita para olhar o gráfico e disse: "Uau, o que foi aquilo?"

Fundado pelo ministro cristão Abraham Vereide há mais de 70 anos, o Café da Manhã Nacional de Oração cresceu e tornou-se um dos eventos políticos mais importantes do calendário de Washington, reunindo um grupo bipartidário de congressistas para a confraternização, que conta com o tradicional discurso presidencial. O primeiro chefe de Estado a participar foi Dwight Eisenhower, em 1953.

Todos os anos, milhares de membros da classe política americana se reúnem para este evento. Embora todas as origens religiosas sejam bem-vindas, essa é uma reunião principalmente cristã, matriz religiosa que nos EUA é majoritariamente representada pelos protestantes — um grupo que, por sua vez, vê com bons olhos as investidas de Trump em relação a Israel.

De acordo com o site da National Prayer Breakfast Foundation, trata-se de “uma oportunidade para os membros do Congresso orarem coletivamente por nossa nação, pelo Presidente dos Estados Unidos e por outros líderes nacionais e internacionais no espírito de amor e reconciliação, como Jesus de Nazaré ensinou há 2.000 anos”.

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