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Trump pode ser 3º presidente dos EUA a ter impeachment aprovado na Câmara

A Câmara provavelmente tratará da questão na quarta-feira, encaminhando uma votação nesta semana para decidir se aprova as acusações

Donald Trump: presidente nega ter cometido qualquer irregularidade (Tom Brenner/Reuters)

Donald Trump: presidente nega ter cometido qualquer irregularidade (Tom Brenner/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 09h52.

Última atualização em 16 de dezembro de 2019 às 09h52.

Washington — Donald Trump provavelmente se tornará o terceiro presidente dos Estados Unidos a ter um impeachment aprovado pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos nesta semana, quando a Casa votar as acusações provocadas pelo suposto esforço do republicano para pressionar a Ucrânia a investigar o rival político Joe Biden.

Trump enfrenta uma acusação de abuso de poder por pedir que Kiev investigasse Biden, um dos favoritos à indicação democrata para enfrentar Trump na eleição presidencial de 2020, e uma por obstruir o inquérito do Congresso a respeito da questão.

O presidente nega ter cometido qualquer irregularidade.

"O impeachment é uma farsa. É uma mentira", disse Trump na sexta-feira. "Nada de errado foi feito. Usar o poder de impeachment para essa insensatez é um constrangimento para este país".

A Câmara provavelmente tratará da questão na quarta-feira, encaminhando uma votação nesta semana para decidir se aprova as acusações e envia a matéria para o Senado, de maioria republicana, realizar um julgamento sobre seu afastamento do cargo.

Os democratas, que têm uma maioria de 36 cadeiras na Câmara, devem vencer uma votação de impeachment, que só exige uma maioria simples.

Os republicanos ocupam 53 dos 100 assentos do Senado, onde parece provável que prevalecerão em qualquer julgamento contra Trump, uma vez que seria necessária uma maioria de dois terços para seu impedimento.

Em busca de aprovar o afastamento do presidente, o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, pediu no domingo os depoimentos do chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, do ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, do assessor de Mulvaney, Robert Blair, e do funcionário do orçamento Michael Duffey.

Schumer fez o apelo em uma carta ao líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, que na semana passada disse que está se coordenando com a Casa Branca e aventou a possibilidade de um julgamento de impeachment curto, no qual nenhuma testemunha seria convocada.

Os democratas da Câmara também solicitaram depoimentos dos quatro homens em seu inquérito, mas eles não compareceram.

A Casa Branca não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a carta de Schumer.

O porta-voz de McConnell não abordou diretamente as solicitações de Schumer, mas disse que o líder da maioria do Senado "planeja se encontrar com o líder Schumer para debater os contornos de um julgamento em breve".

Nenhum presidente dos EUA foi afastado como resultado direto de um impeachment.

Richard Nixon renunciou em 1974 antes de ser afastado, enquanto Andrew Johnson e Bill Clinton tiveram o impeachment aprovado na Câmara, respectivamente em 1868 e 1998, mas foram inocentados pelo Senado.

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