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Trump pede união de "nações civilizadas" para acabar com massacre

Trump afirmou que os EUA não podem permitir que o presidente sírio, Bashar al Assad, siga fazendo uso de armas químicas

O Presidente Donald Trump: na época da campanha, ele dizia que era fácil governar (Carlos Barria/Reuters)

O Presidente Donald Trump: na época da campanha, ele dizia que era fácil governar (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de abril de 2017 às 07h34.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quinta-feira ter ordenado um ataque militar contra o "aeroporto na Síria do qual se lançou o ataque químico" e convocou "todas as nações civilizadas" a buscar o fim do "massacre e do derramamento de sangue" que assola esse país.

Trump afirmou que os EUA não podem permitir que o presidente sírio, Bashar al Assad, siga fazendo uso de armas químicas, por isso deu a ordem para responder ao ataque, que representa a primeira ofensiva direta americana contra o governo sírio, desde o início da guerra neste país.

"Na terça-feira, o ditador sírio Bashar al Assad lançou um horrível ataque químico contra civis inocentes. Usando um agente nervoso mortal, Assad afogou as vidas de homens, mulheres e crianças indefesas. Foi uma morte lenta e brutal para muitos, inclusive para bebês, neste bárbaro ataque", afirmou Trump, em um breve pronunciamento.

"Esta noite ordenei um ataque militar contra a base aérea na Síria, de onde foi lançado o ataque químico", confirmou o presidente, em alusão ao bombardeio que deixou na última terça-feira mais de 80 mortos no norte da Síria.

Donald Trump disse que é "vital interesse de segurança nacional" que os EUA "previnam o uso de armas químicas mortais".

"Não há dúvida de que a Síria usou armas químicas e violou suas obrigações internacionais sob a Convenção de Armas Químicas e ignorou a urgência do Conselho de Segurança da ONU", disse o presidente americano, de sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

"Todas as tentativas de mudar o comportamento de Assad falharam. Como resultado, a crise de refugiados se está agravando e continua desestabilizando a região, ameaçando aos EUA e seus aliados", afirmou.

Dezenas de mísseis Tomahawk foram disparados contra a base aérea de Shayrat, na cidade síria de Homs, de onde acredita o governo americano, partiram as aeronaves que executaram os ataques aéreos da última terça, segundo afirmaram fontes militares.

De acordo com os veículos de imprensa americanos, os bombardeios atingiram a pista, várias aeronaves e postos de reabastecimento de combustível.

O governo de Donald Trump tomou medidas de forma unilateral contra o governo sírio, a quem acusa de utilizar armas químicas, apesar das conversas que estão ocorrendo no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Minutos antes da ofensiva americana, a Rússia advertiu os Estados Unidos das "consequências negativas" que teria uma ação militar na Síria em resposta ao ataque químico.

"É preciso pensar nas consequências negativas. Toda a responsabilidade, se houver uma ação militar, estará sobre os ombros daqueles que a iniciem", disse aos jornalistas, o embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov.

Nas Nações Unidas, os membros do Conselho de Segurança seguem negociando uma resolução em resposta ao ataque químico, mas até agora estão bastante divididos.

O governo do ex-presidente Barack Obama liderou a campanha militar da Coalizão Internacional contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) em meados de 2014, no entanto, não respondeu com força quando o governo sírio efetuou um ataque químico contra civis, semelhante ao desta semana.

Obama tinha advertido Assad para não atravessar "a linha vermelha" do uso de arma química, no entanto o ex-presidente americano decidiu renunciar às represálias militares, uma manobra duramente criticada por Trump durante a campanha eleitoral.

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