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Trump pede que procurador-geral encerre as investigações sobre a Rússia

O presidente americano voltou a criticar as investigações sobre a suposta interferência russa nas eleições americanas de 2016

Jeff Session deveria parar essa caça às bruxas agora mesmo, antes que continue a manchar o nosso país, disse Trump (Isaac Brekken/Getty Images)

Jeff Session deveria parar essa caça às bruxas agora mesmo, antes que continue a manchar o nosso país, disse Trump (Isaac Brekken/Getty Images)

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EFE

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 11h27.

Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 12h29.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira ao procurador-geral, Jeff Sessions, que encerre a investigação da chamada trama russa, à qual voltou a referir-se como uma "fraudulenta caça às bruxas" dirigida por um procurador especial com "conflitos" de interesse.

"Esta é uma situação terrível e o procurador-geral Jeff Sessions deve interromper esta fraudulenta caça às bruxas agora mesmo, antes que continue maculando nosso país", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Além disso, o presidente americano criticou o procurador especial responsável pela investigação, o republicano Robert Mueller, a quem acusou de ser refém de um "conflito" de interesses, embora não tenha especificado a que se referia exatamente.

Por último, Trump afirmou que os "17 democratas zangados" da esquipe que está realizando a investigação sob a supervisão de Mueller "estão fazendo o trabalho sujo" do procurador e são "uma desgraça para os EUA".

Segundo uma pesquisa do jornal "The Washington Post", 13 dos membros da equipe de Mueller constam nos registros públicos como democratas, enquanto os outros quatro nunca foram filiados a nenhum partido.

A Casa Branca mantém uma tensa relação com Mueller desde maio de 2017, quando o procurador-geral adjunto dos EUA, Rod Rosenstein, o colocou à frente das investigações que tentam descobrir uma possível conjuração entre a equipe de campanha de Trump e o Kremlin para que o republicano vencesse as eleições presidenciais de 2016.

De fato, a decisão foi tomada por Rosenstein porque, desde o início, o próprio Sessions optou por eximir-se do processo diante da possibilidade de ele mesmo poder acabar sendo chamado para depor como parte da investigação, como acabou acontecendo.

Por este motivo, na realidade, Sessions não tem o poder de acabar com a investigação, mas pode demitir o procurador-geral adjunto e contratar um novo mais disposto que Rosenstein a encerrá-la.

 

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