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Trump pressiona vice para impedir que Congresso confirme vitória de Biden

Candidato democrata deverá ser oficialmente designado nesta quarta, dia 6, à presidência dos EUA; Trump acredita que Pence pode bloquear ato no Congresso

Trump pressiona seu vice, Mike Pence, para bloquear nomeação de Biden à presidência (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump pressiona seu vice, Mike Pence, para bloquear nomeação de Biden à presidência (Jonathan Ernst/Reuters)

CA

Carla Aranha

Publicado em 6 de janeiro de 2021 às 10h18.

Última atualização em 6 de janeiro de 2021 às 15h52.

O presidente Donald Trump redobrou a insistência para que seu vice, Mike Pence, pressione o Congresso a rever o resultado da eleição.  "Se o vice-presidente nos der seu apoio, ganharemos a presidência", disse Trump nesta quarta-feira, dia 6, em sua conta no Twitter. Trump voltou a alegar que houve erro na contagem de votos. O Twitter alertou que a reinvidicação de fraude é contestável.

Mike Pence esclareceu, nesta terça, dia 5, que não tem poder para mudar o resultado das eleições e cancelar a vitória do democrata Joe Biden. Em uma conversa privada com Trump, Pence teria dito que não é viável bloquear a nomeação de Biden para a presidência, que é realizada em um ato formal do Congresso. A ratificação de Biden deverá acontecer nesta quarta, dia 6.

Os deputados e senadores dos Estados Unidos devem se reunir nesta quarta em uma sessão conjunta do Congresso para confirmar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais . A confirmação do Congresso é a última etapa para que Biden possa tomar posse como o próximo presidente americano no dia 20 de janeiro.

Senadores republicanos foram a públicos nos últimos dias para declarar que não concordam com as tentativas de Trump de contestar o resultado das eleições. Segundo as regras do sistema eleitoral americano, o Senado e a Câmara dos Deputados precisariam concordar em refutar a ratificação de Biden para que o presidente eleito não pudesse tomar posse, o que seria algo bastante improvável. 

A conta, no entanto, acabou sobrando para Mike Pence. Um eventual racha no partido Republicano prejudicaria as chances de Pence, que carrega o fardo de ter sido vice de Trump, se candidatar na próxima eleição presidencial, informa o jornal The New York Times.

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