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Trump pede ao Supremo Tribunal que lhe permita deportar imigrantes para o Sudão do Sul

Oito imigrantes de diferentes nacionalidades estão detidos em uma base militar americana no Djibuti

Agência o Globo
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Publicado em 28 de maio de 2025 às 14h55.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou à Suprema Corte que bloqueie a decisão de um tribunal inferior que o impede de deportar imigrantes de vários países para o Sudão do Sul sem lhes dar a oportunidade de litigar seus casos.

Oito imigrantes de diferentes nacionalidades estão detidos em uma base militar americana no Djibuti depois que o governo do republicano tentou enviá-los ao Sudão do Sul, mas foi impedido pelos tribunais.

O juiz federal Brian Murphy, de Massachusetts, decidiu que o governo Trump violou uma ordem que o impedia de deportar esses indivíduos, onde poderiam ser torturados sem lhes dar a oportunidade de uma defesa legal adequada.

O governo Trump agora solicita à Suprema Corte que suspenda imediatamente essa ordem, argumentando que esses imigrantes cometeram crimes "monstruosos" e que apenas o Sudão do Sul concordou em aceitá-los, uma vez que seus próprios países não o fariam.

Dos oito deportados, apenas um é do Sudão do Sul, e os demais são originários de Cuba, México, Laos, Mianmar e Vietnã.

A lei americana estipula que o governo não pode deportar imigrantes para terceiros países onde possam ser torturados ou estar em risco.

O Departamento de Estado americano considera o Sudão do Sul um país perigoso devido ao conflito armado, recomenda que os americanos não viajem para lá e retirou seu pessoal não essencial do país no início de maio.

O juiz Murphy deu ao governo Trump a opção de realizar as audiências dos imigrantes no Djibuti, país africano onde os Estados Unidos operam uma base militar e onde o avião de deportação pousou a caminho do Sudão do Sul.

O caso do Sudão do Sul é o mais recente embate entre o governo do republicano e o Judiciário americano, após medidas cada vez mais agressivas para cumprir a promessa de Trump de "deportações em massa".

Para acelerar as deportações, Washington busca acordos com outros países para aceitar imigrantes expulsos do país.

Nesse sentido, o governo Trump já ordenou que mais de 200 pessoas fossem enviadas para uma megaprisão em El Salvador, onde permanecem incomunicáveis ​​para suas famílias e advogados.

Trump e seu homólogo salvadorenho, Nayib Bukele, chegaram a um acordo - que não foi tornado público - para que o país centro-americano receba os imigrantes por um período inicial de um ano em troca de um pagamento de US$ 6 milhões.

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