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Trump diz que país que comprar petróleo da Venezuela será alvo de tarifas extras

Medida, que prevê 25% adicionais, entraria em vigor em 2 de abril, disse o presidente em uma publicação na rede Truth Social

Petróleo bruto dos EUA subiu 77 centavos (Andrew Harnik/AFP)

Petróleo bruto dos EUA subiu 77 centavos (Andrew Harnik/AFP)

Publicado em 24 de março de 2025 às 12h11.

Última atualização em 24 de março de 2025 às 12h48.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 24, que qualquer país que comprar petróleo e gás da Venezuela enfrentará uma tarifa de 25% sobre qualquer comércio que o país fizer com os Estados Unidos.

A medida será aplicada a partir de 2 de abril, disse o presidente em uma publicação em sua plataforma de mídia social Truth Social.

"A Venezuela tem sido muito hostil aos Estados Unidos e às liberdades que defendemos. Portanto, qualquer país que compre petróleo e/ou gás da Venezuela será forçado a pagar uma tarifa de 25% aos Estados Unidos em qualquer comércio que fizer com nosso país. Toda a documentação será assinada e registrada, e a tarifa ocorrerá em 2 de abril de 2025", publicou o presidente americano.

Trump acusa a Venezuela de enviar criminosos para os Estados Unidos de forma deliberada, sem apresentar provas. Os Estados Unidos declararam o grupo Trem de Aragua como "organização terrorista estrangeira".

O petróleo bruto dos EUA subiu 77 centavos de dólar, ou 1,13%, e atingiu US$ 69,05 por barril nesta manhã. O barril do tipo Brent teve alta de 73 centavos, ou 1,01%, a US$ 72,89 por barril.

Sanções em vigor há anos

Desde 2005, os Estados Unidos aplicaram diversas sanções contra a Venezuela, em resposta ao endurecimento do regime de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, acusados de perseguirem opositores. As medidas atingiram autoridades do governo e empresas do país, o que dificulta o comércio exterior da Venezuela.

Nos últimos anos, o governo de Joe Biden relaxou parte das sanções, como a de permitir que a empresa americana Chevron voltasse a explorar petróleo na Venezuela, na expectativa de que as eleições de 2024 fossem justas. Maduro, no entanto, declarou ter sido reeleito e o governo se recusou a mostrar os resultados detalhados das urnas. O governo dos EUA não reconheceu a vitória dele. Em fevereiro, Trump disse que iria retirar a licença da Chevron.

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