O ex-presidente Donald Trump, que foi condenado por fraude fiscal em Nova York (Spencer Platt/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 1 de abril de 2024 às 22h10.
Última atualização em 1 de abril de 2024 às 22h25.
O ex-presidente Donald Trump depositou, na noite desta segunda, 1º, a fiança de 175 milhões de dólares que precisava pagar para poder recorrer em um processo em que foi condenado por fraude fiscal.
Com o pagamento, o republicano evita o risco de que seus bens sejam tomados pela Justiça. Ele foi condenado em fevereiro por inflar artificialmente o valor de suas propriedades para obter vantagens financeiras, como empréstimos com juros menores.
Como punição, ele foi condenado a pagar uma multa de 355 milhões de dólares, somada a juros que elevaram o valor para perto de 464 milhões de dólares, somando os valores devidos por Trump e outros réus no processo, como seus filhos Eric e Donald Trump Jr.
O ex-presidente também não poderá fazer negócios em Nova York por três anos. Seus filhos ficarão barrados por dois anos.
Para recorrer da sentença, a Justiça estipulou que Trump deveria pagar uma fiança de 454 milhões de dólares, até 25 de março. Ele recorreu, disse que não conseguiu obter o valor e pediu que a fiança fosse reduzida. A Justiça atendeu ao pedido e baixou valor devido para 175 milhões, que foram pagos agora.
O republicano, que disputa as eleições presidenciais de 2024, é réu em mais de 90 processos na Justiça. Em 15 de abril, ele enfrenta outro desafio: terá início o julgamento criminal em que ele é acusado de usar dinheiro de origem irregular para pagar suborno à atriz pornô Stormy Daniels, que alegava ter tido um caso com ele.