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Trump ou Biden: quem teria mais apoio no Congresso caso vencesse?

Segundo consultoria Eurasia, Senado é quase certo que fica com os republicanos, mas a Câmara pode acabar ficando com o partido que vencer as eleições

Eleições EUA 2024: Joe Biden disputa com Donald Trump a liderança da Casa Branca para os próximos quatro anos (Brendan Smialowski/AFP)

Eleições EUA 2024: Joe Biden disputa com Donald Trump a liderança da Casa Branca para os próximos quatro anos (Brendan Smialowski/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 2 de abril de 2024 às 18h21.

Em uma eleição com resultado final ainda difícil de cravar, a consultoria de risco político Eurasia avalia que, se Joe Biden for reeleito presidente dos Estados Unidos, teria de enfrentar um Congresso dividido, com Senado quase certamente nas mãos dos republicanos.

Já se o ex-presidente Donald Trump vencer, pode ter chance de ter um Congresso todo republicano, explicou o diretor para os Estados Unidos da Eurasia, Jon Lieber, em evento do Bradesco BBI na tarde desta terça-feira, 2.

O diretor argumenta que o Senado é quase certo que fica com os republicanos. Mas a Câmara ainda tem um cenário mais difícil e pode acabar ficando com o partido que vencer as eleições - e por isso a chance de Trump ter um Congresso mais homogêneo.

No caso de uma vitória de Trump, Lieber destaca que ele pode tomar duas medidas que pressionem ainda mais os preços - e a inflação foi um tema que tem incomodado muito os americanos desde a pandemia. O republicano planeja, por exemplo, uma tarifa de 10% sobre o que for importado.

Outra medida é a restrição mais severa à imigração que Trump planeja adotar, como já fez em seu mandato anterior. Lieber destaca que essa medida também pode pressionar os preços, pois os imigrantes em determinados setores e locais são uma mão de obra mais barata, que ajuda a conter a inflação dos salários. Estima-se que os EUA tenham uma falta de três milhões de trabalhadores na força de trabalho, número que seria muito maior se não fosse a imigração.

Uma das questões que se levanta é se os participantes do mercado estão levando essa questão da inflação em suas análises, argumentou o analista no evento do Bradesco.

A questão fiscal dos EUA, disse o diretor da Eurasia, deve seguir delicada tanto com Trump quanto com Biden, na medida em que os dois não têm uma estratégia de redução da trajetória de alta da dívida pública, que piorou muito desde a pandemia.

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