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Trump oferece seu resort de golfe em Miami para próxima cúpula do G7

Presidente americano disse ainda que não se beneficiará diretamente por sediar o evento em seu campo de golfe

"Muitos lugares são muito distantes, a viagem de carro é muito longa", argumentou (Leah Millis/Reuters)

"Muitos lugares são muito distantes, a viagem de carro é muito longa", argumentou (Leah Millis/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 16h26.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 16h27.

Biarritz  - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que provavelmente sediará a cúpula de grandes países industrializados do G7 do ano que vem em uma de suas propriedades -o resort de golfe Trump National Doral, perto de Miami-, mas insistiu que não lucrará pessoalmente com a seleção do local.

As nações do G7 se revezam para sediar a cúpula, muitas vezes escolhendo localidades que exibem áreas de beleza natural.

Trump disse que o resort no Estado da Flórida é uma escolha perfeita, tanto devido ao seu tamanho quanto ao fato de estar a cinco minutos de carro do aeroporto de Miami.

"Eles adoram a localização do hotel, também gostam do fato de que é logo ao lado do aeroporto pela conveniência. E é Miami, Doral, Miami, então é uma área ótima", disse ele durante a cúpula deste ano na cidade litorânea francesa de Biarritz.

Ele disse que ainda não se tomou uma decisão final, mas acrescentou: "Não tivemos nada que chegue sequer perto de competir com ele, especialmente quando você olha a localização".

Em uma coletiva de imprensa ainda nesta segunda-feira, Trump disse que não se beneficiará diretamente por sediar o G7 em seu resort de golfe, dizendo: "Do meu ponto de vista, não vou ganhar dinheiro nenhum. Em minha opinião, não vou ganhar dinheiro nenhum".

Trump já participou de três cúpulas do G7, na Itália, no Canadá e na França. Nessas três ocasiões, a reunião foi realizada longe de um aeroporto que pudesse receber seu avião Air Force One, o que exigiu que o presidente dos EUA fosse transportado de helicóptero ou em um avião menor até a localidade final.

"Muitos lugares são muito distantes, a viagem de carro é muito longa, eles precisam de helicópteros. Este é um lugar em que você chega cinco minutos depois de pousar", argumentou.

Embora não tenha gostado de ter de trocar de aviões na França, Trump elogiou o evento em Biarritz, montado em um centro de conferências com vista para o Atlântico.

"Podemos aprender com o que eles fizeram aqui, até do ponto de vista da arquitetura, com a maneira como as salas foram montadas e projetadas".

Mas ele deixou claro que não acolherá nenhum convidado inesperado, como a França fez ao convidar o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, para conversas nos bastidores do encontro no sábado.

"Não haverá nenhuma surpresa", disse.

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