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Trump oferece cargos essenciais para ultraconservadores

Presidente eleito dos EUA ofereceu cargos essenciais de segurança e do governo a políticos conservadores do Partido Republicano

Donald Trump: entre generais aposentados e ultraconservadores do partido Republicano, Trump vai formando seu governo (Getty Images)

Donald Trump: entre generais aposentados e ultraconservadores do partido Republicano, Trump vai formando seu governo (Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 14h13.

Última atualização em 18 de novembro de 2016 às 17h30.

Nova York - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump começou a formar seu governo e ofereceu hoje o cargo de procurador-geral para o senador republicano Jeff Sessions e o cargo de diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) para o republicano Mike Pompeo.

Trump também disse nesta sexta-feira que irá oferecer o cargo de conselheiro de segurança nacional para Michael Flynn, um general aposentado do Exército norte-americano.

Sessions é senador pelo Estado do Alabama e foi um dos cotados para concorrer com Trump como vice-presidente. Ele é conhecido por ser linha dura em temas como a imigração e, assim como Trump, também é considerado um "outsider" do establishment republicano.

Pompeo, ex-oficial do exército, formado em Direito em Harvard, foi eleito para o Congresso pela primeira vez em 2010, como parte do movimento ultraconservador Tea Party.

Ele deve trazer um tom mais rígido para a CIA. Ele é um dos mais fervorosos críticos do acordo nuclear com o Irã que os EUA e diversos outros países firmaram no ano passado.

"Estou ansioso para reverter esse acordo desastroso com o país que mais patrocina o terrorismo", disse no Twitter, falando sobre o acordo com o Irã.

Trump já havia anunciado Reince Priebus como chefe de gabinete e Steve Bannon como chefe estrategista.

Flynn e Sessions muitas vezes foram excluídos dos círculos da política em Washington por suas opiniões e declarações controversas, mas eles sempre foram muito leais à Trump durante sua campanha.

A carreira de Sessions, que fez parte dos comitês do Senado de segurança, judiciário e orçamento, foi recheada de controvérsias.

Em 1986, o presidente Ronald Reagan nomeou Sessions para um tribunal federal, mas seu nome não foi confirmado pelo Senado em meio à acusações que ele realizou comentários racistas. Sessions pediu desculpas por alguns dos comentários que fez na ocasião.

Ele também é considerado um conservador e "protetor da lei e ordem", em questões criminais. A nomeação de Sessions para procurador-geral deve causar graves críticas dos movimentos de direitos civis.

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