Trump: o presidente americano também está sendo requisitado para reuniões com líderes de Egito, Qatar, Jordânia e Reino Unido (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2017 às 06h35.
Última atualização em 20 de setembro de 2017 às 07h34.
Numa guinada inesperada no enredo das relações globais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo requisitado como mediador de uma série de entraves globais.
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Apesar de errático e imprevisível, ele continua no comando da economia mais poderosa do mundo, e nesta terça-feira fez uma efusiva defesa da cooperação internacional (para os seus interesses, é verdade).
Neste contexto, sai em vantagem o líder que conseguir fazer o presidente aderir à sua causa, em meio de uma guerra por espaço com Trump na Assembleia Geral da ONU.
Nesta quarta, ele se senta com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e com o presidente Moon Jae-in, da Coreia do Sul, para discutir ações relacionadas à Coreia do Norte – que Trump chegou a afirmar que está pronto para destruir, caso necessário.
Também se senta com Trump o líder palestino Mahmoud Abbas, que está tentando fazer Trump aderir à causa da criação de um estado palestino.
Apesar de o presidente americano já se ter se posicionado como o mediador oficial de um acordo de paz entre os dois países, a questão ainda é delicada.
O presidente se diz um fiel aliado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que fez questão de elogiar o discurso de estreia de Trump na Assembleia, especialmente pelas críticas ao acordo nuclear com o Irã. Os dois se reuniram na segunda-feira.
O presidente americano também está sendo requisitado para reuniões com líderes de Egito, Qatar, Jordânia e Reino Unido, e já recebeu o brasileiro Michel Temer num jantar com líderes de diversos outros países latinos.
Até o presidente francês Emmanuel Macron, que decidiu comprar briga com Trump após ele ter decidido se retirar do Acordo de Paris, afirmou na Assembleia que pretende convencer o americano da importância das questões climáticas.
Trump foi duramente criticado por seu discurso duro desta terça-feira, quando voltou a deixar claro que vê o mundo em preto e branco. Para um número crescente de líderes globais, se é questão de escolher, é melhor ficar no lado certo do espectro.