Trump: Bridenstine chegou a negar que a atividade humana seja responsável pelo aumento da temperatura da Terra (Bill Ingalls/NASA/Getty Images)
EFE
Publicado em 5 de setembro de 2017 às 17h29.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou o congressista republicano Jim Bridenstine, um cético sobre a mudança climática, como novo administrador da Nasa (agência espacial americana), informaram nesta terça-feira meios de comunicação locais.
Bridenstine, de 42 anos, é representante na Câmara pelo Primeiro Distrito do estado de Oklahoma e sua designação, que a Casa Branca formalizou neste final de semana, depende ainda da aprovação do Senado.
Se for confirmado pelos senadores para ser o 13º administrador da Nasa, o congressista se transformaria no primeiro politico eleito para um cargo público que chega a esse posto.
Ex-piloto de combate da marinha americana que participou das guerras do Iraque e do Afeganistão, Bridenstine conseguiu sua cadeira na Câmara de Representantes em 2012, após trabalhar como diretor-executivo do Museu do Espaço e do Ar de Tulsa (Oklahoma).
Como membro do Comitê de Ciência, Espaço e Tecnologia da Câmara, o congressista se centrou em revitalizar a Nasa, com a apresentação de um projeto legislativo dirigido a esse fim que leva o nome de "Lei do Renascimento Espacial Americano".
O legislador também é um grande partidário da exploração da lua e advertiu sobre o "enorme" problema representado pelo lixo espacial orbital.
A respeito da mudança climática, a cuja pesquisa a Nasa dedica notáveis recursos em nível mundial, Bridenstine chegou a negar que a atividade humana seja responsável pelo aumento da temperatura da Terra.
"Eu diria que o clima está mudando. Sempre mudou. Houve períodos de tempo, muito antes do motor de combustão interna, nos quais a Terra era muito mais quente que hoje", afirmou em uma entrevista de 2016 para a revista "Aerospace America".
Além disso, o congressista se destacou pela sua defesa das companhias comerciais para o espaço e declarou que o governo dos EUA "entende que no futuro, e inclusive hoje, será um cliente de serviços espaciais rotineiros, não um fornecedor".