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Trump: negociaremos com Cuba se houver avanços democráticos

O presidente dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (16) o "cancelamento" da política de Barack Obama para a ilha

Donald Trump: "Quando os cubanos derem passos concretos, estaremos prontos" (REUTERS/Joe Skipper/Reuters)

Donald Trump: "Quando os cubanos derem passos concretos, estaremos prontos" (REUTERS/Joe Skipper/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de junho de 2017 às 15h53.

Última atualização em 16 de junho de 2017 às 16h00.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira o "cancelamento" da política de Barack Obama para Cuba e se mostrou disposto a negociar "um acordo melhor" com a ilha, mas apenas se houver avanços "concretos" para a realização de "eleições livres" e a liberdade de "prisioneiros políticos".

"Não suspenderemos as sanções a Cuba até que todos os prisioneiros políticos sejam livres, todos os partidos políticos estejam legalizados e sejam programadas eleições livres e supervisionadas internacionalmente", disse Trump durante um discurso em Miami.

O governante também desafiou Cuba "a comparecer à mesa (de negociação) com um novo acordo que esteja no melhor interesse tanto do seu povo como do americano", e considerou "cancelado" o marco estipulado entre Obama e Raúl Castro para normalizar as relações bilaterais.

O presidente americano advertiu, no entanto, que "qualquer mudança" à sua postura com Cuba dependerá de "avanços concretos" rumo a objetivos como as eleições livres, a liberdade de presos políticos e a entrega à Justiça americana de "criminosos e fugitivos" que encontraram refúgio na ilha.

"Quando os cubanos derem passos concretos, estaremos prontos, preparados e capazes de voltar à mesa para negociar esse acordo, que será muito melhor", assegurou Trump.

"A nossa embaixada permanece aberta com a esperança que os nossos países possam forjar um caminho muito melhor", acrescentou Trump, que não tomou nenhuma medida para rebaixar o nível de relações diplomáticas com a ilha.

O governante americano assegurou também que confia em que "logo" chegará o dia em que haja "uma nova geração de líderes" que implemente essas mudanças em Cuba, uma vez que o presidente cubano, Raúl Castro, deixará o poder em fevereiro de 2018.

Trump anunciou ainda que se "restringirá muito robustamente o fluxo de dólares americanos aos serviços militares, de segurança e de inteligência" da ilha, e dará "passos concretos para assegurar-se que os investimentos" de empresas americanas "fluem diretamente ao povo ".

"Implementaremos a proibição do turismo, e implementaremos o embargo", sentenciou Trump.

As mudanças anunciadas pela Casa Branca incluem a proibição das viagens individuais para fazer contatos com o povo cubano, conhecidos em inglês como "people to people travel", e a possibilidade de auditoria a todos os americanos que visitem Cuba para comprovar que não violam as sanções dos EUA.

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