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Trump não impedirá depoimento de ex-diretor do FBI ao Congresso

O presidente dos EUA demitiu James Comey em maio, em meio a investigações sobre a suposta interferência russa nas eleições presidenciais americanas

Donald Trump: o presidente também usou seu Twitter para criticar o prefeito de Londres (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: o presidente também usou seu Twitter para criticar o prefeito de Londres (Kevin Lamarque/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2017 às 16h05.

Última atualização em 5 de junho de 2017 às 16h09.

São Paulo - A vice-porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, afirmou nesta segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não usará seu poder de emitir um decreto para impedir um depoimento no Congresso na quinta-feira de James Comey, ex-diretor do FBI.

Trump demitiu Comey em 9 de maio, em meio a investigações sobre a suposta interferência da Rússia na campanha presidencial americana do ano passado e dos vínculos entre a campanha republicana e Moscou.

Além disso, Sanders foi também bastante questionada sobre o fato de Trump ter usado sua conta no Twitter hoje para criticar o prefeito de Londres, Sadiq Khan.

O presidente disse que Khan deu uma "desculpa patética" ao falar sobre o atentado, por supostamente ter dito que "não há razão para alarme" após o atentado da sexta-feira.

O prefeito estava se referindo, porém, ao fato de que não havia motivo para alarme entre a população pela presença mais intensa de policiais nas ruas, não sobre o ataque terrorista.

A porta-voz negou que Trump estivesse atacando o prefeito em um momento delicado ou que tivesse retratado incorretamente a fala de Khan, mas apenas argumentando sobre a necessidade de proteger as fronteiras.

Além disso, argumentou que a suposição de que Trump atacou o prefeito por ele ser muçulmano era "ridícula".

Sanders voltou a dizer que Trump espera em breve aval da Justiça para impor a proibição temporária de entrada de pessoas de seis países de maioria muçulmana - o decreto foi suspenso pela Justiça e agora há uma disputa nos tribunais sobre o tema.

A porta-voz disse que os países alvos da medida são "perigosos, instáveis, voláteis", incapazes de verificar adequadamente as pessoas que viajam aos EUA.

"Há motivo para alarme constante sobre terrorismo pelo mundo", disse a porta-voz.

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