Donald Trump e seu ex-assessor Paul Manafort (Rick Wilking/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de agosto de 2018 às 09h26.
Última atualização em 23 de agosto de 2018 às 13h44.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira que se for aberto um impeachment contra ele, após as acusações do seu ex-advogado de ter violado as leis de financiamento eleitoral, "os mercados (financeiros) afundariam" e o crescimento econômico seria freado.
"Se sou censurado, os mercados (financeiros) afundariam. Acho que todo o mundo ficaria mais pobre", afirmou Trump em entrevista à emissora americana "Fox".
Trump insistiu sobre a boa saúde da economia nos EUA, cujo crescimento no segundo trimestre do ano foi de uma taxa anualizada de 4,1%, o que atribuiu às suas políticas de desregulamento e corte de impostos.
"Não sei como se pode censurar alguém que está fazendo um grande trabalho (...) Seriam vistos números que (vocês) não acreditariam, em retrocesso (se for aberto o julgamento político)", acrescentou Trump.
O presidente dos EUA fez estas declarações depois que seu ex-advogado, Michael Cohen, se declarou culpado na terça-feira para um juiz federal de Nova York de vários crimes e disse que foi o próprio Trump que lhe pediu que pagasse duas mulheres para comprar seu silêncio durante a campanha eleitoral.
Trump reconheceu estes pagamentos, mas negou que procedessem da sua campanha eleitoral, o que constituiria uma violação das leis de financiamento, e destacou que o dinheiro veio do seu bolso.
A revelação de Cohen instigou as especulações sobre a possibilidade de os democratas abrirem um julgamento político contra Trump se retomarem a maioria da Câmara de Representantes após as eleições legislativas de novembro, mas os líderes da oposição evitaram, por enquanto, fazer promessas sobre esse processo de cassação.