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Trump não se comprometeu a enviar tropas americanas para Gaza, diz Casa Branca

Donald Trump: proposta para o futuro de Gaza gera reações internacionais

Donald Trump: proposta para o futuro de Gaza gera reações internacionais (ROBERTO SCHMIDT /AFP)

Donald Trump: proposta para o futuro de Gaza gera reações internacionais (ROBERTO SCHMIDT /AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 19h58.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2025 às 20h01.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se comprometeu a enviar tropas americanas para a Faixa de Gaza como parte de sua proposta para que o país assuma o controle do enclave e realoque permanentemente, em outros países, os palestinos que vivem nesse território, disse a Casa Branca nesta quarta-feira, 5.

Em entrevista coletiva, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Trump acredita que os EUA devem se envolver na reconstrução de Gaza “para garantir a estabilidade na região”.

Trump evita compromisso com envio de tropas

Perguntada se a Casa Branca descartou a possibilidade de enviar tropas americanas para o enclave palestino, Leavitt respondeu:

“O que estou dizendo é que o presidente ainda não se comprometeu com essa opção. Ele ainda não tomou essa decisão.”

A porta-voz enfatizou que a prioridade do presidente americano é a reconstrução do enclave e que seu plano busca proporcionar a "todas as pessoas da região" estabilidade, desenvolvimento econômico e oportunidades.

Plano de Trump para Gaza gera controvérsia

Na terça-feira, em entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump não descartou o envio de tropas americanas para apoiar a reconstrução de Gaza e disse que os EUA farão "o que for preciso" para concluir esse projeto.

Ele apresentou seu plano para o futuro de Gaza, que passaria pelos EUA assumirem o controle da Faixa a longo prazo e a reconstruírem, transformando-a na nova "Riviera do Oriente Médio", depois de reassentar permanentemente os palestinos em outros países.

Trump comparou o projeto a um negócio imobiliário, semelhante aos que o tornaram bilionário, e tentou enquadrá-lo como uma medida humanitária, dizendo que era impossível acreditar que alguém quisesse continuar vivendo no território devastado pela guerra, que ele descreveu como uma "zona de demolição".

Reação internacional à proposta

Os palestinos reivindicam a Faixa de Gaza como parte de um futuro Estado Palestino, juntamente com a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. O deslocamento dos cerca de 2 milhões de habitantes do enclave significaria o fim desse conceito como eles idealizam.

Nas últimas horas, países de todo o mundo, tanto adversários quanto aliados tradicionais dos EUA, rejeitaram a proposta de Trump.

A proposta de realocação dos palestinos e o controle dos EUA sobre Gaza representam um dos planos mais controversos da administração Trump para o Oriente Médio.
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