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Trump não deve estender programa de proteção a jovens imigrantes

O programa protege da deportação cerca de 690 mil jovens imigrantes sem documentos nos Estados Unidos

Trump: "Duvido muitíssimo", admitiu o representante do governo (Joshua Roberts/Reuters)

Trump: "Duvido muitíssimo", admitiu o representante do governo (Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 18h15.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pretende estender o programa que protege da deportação cerca de 690 mil jovens sem documentos, para além de 5 de março, data em que entra em vigor a decisão de encerrá-lo, indicou o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, nesta terça-feira.

"Duvido muitíssimo", admitiu o representante do governo, conforme publica o jornal "The Washington Post".

Kelly, além disso, demonstrou incerteza de que Trump tenha "autoridade para ampliar" a duração do programa DACA (Ação Diferida para Chegada de Jovens Imigrantes, na sigla em inglês), por este não estar "baseado em nenhuma lei".

Trump ordenou, em setembro do ano passado, cancelar o programa, anunciado em 2012 pelo seu antecessor, Barack Obama, mas deu prazo ao Congresso de seis meses, para que fosse encontrada uma solução permanente sobre a situação migratória dos Jovens.

O DACA protege da deportação cerca de 690 mil jovens sem documentos, que chegaram aos Estados Unidos crianças, e são chamados de 'dreamers' (sonhadores, em inglês). Graças a medida, eles obtiveram permissões temporárias de trabalho.

Kelly garantiu que recomendaria a Trump que não ampliasse a vigência do programa, pois, sem o encerramento, será improvável que o Congresso atue para reformar o sistema migratório do país.

"O que eles fazem, é agir sob pressão", garantiu o chefe de gabinete.

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