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Trump não confirma que vai retirar EUA do Acordo de Paris

O presidente americano disse que "nos próximos dias" anunciará qual foi a decisão tomada sobre manter ou não o país no acordo climático

Trump: o governante não detalhou quando vai fazer esse anúncio, nem confirmou que vai abandonar o Acordo de Paris (Christian Hartmann/Reuters)

Trump: o governante não detalhou quando vai fazer esse anúncio, nem confirmou que vai abandonar o Acordo de Paris (Christian Hartmann/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de maio de 2017 às 13h04.

Última atualização em 31 de maio de 2017 às 17h23.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que anunciará se seu país continua ou não no Acordo Climático de Paris "nos próximos dias", sem confirmar as informações de vários veículos de comunicação de que ele já teria tomado a decisão de sair do pacto.

"Anunciarei minha decisão sobre o Acordo de Paris nos próximos dias", escreveu Trump em seu perfil oficial no Twitter.

O governante não detalhou quando vai fazer esse anúncio, nem confirmou que vai abandonar o Acordo de Paris, como anteciparam hoje alguns veículos da imprensa americana com base em fontes oficiais anônimas.

De acordo com o site de notícias "Axios", o primeiro a informar sobre a decisão de Trump de retirar os EUA do Acordo de Paris, que foi assinado por quase 200 países no final de 2015, Trump avalia agora com a sua equipe como proceder com a saída do pacto.

Ontem, Trump se reuniu com Scott Pruitt, diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês) e cético da mudança climática, e hoje está previsto um encontro na Casa Branca com o seu secretário de Estado, Rex Tillerson, que é favorável à continuidade dos EUA no Acordo de Paris.

O Acordo de Paris foi firmado durante o mandato do ex-presidente Barack Obama, que definiu esse pacto como "um ponto de inflexão" e a "melhor oportunidade" para salvar o planeta.

A meta proposta por Obama dentro do Acordo de Paris é que os Estados Unidos reduzam até 2025 as emissões de gases do efeito estufa entre 26% e 28% em relação aos níveis de 2005.

No último fim de semana, enquanto participava da cúpula de líderes do G7 na cidade de Taormina, no sul da Itália, Trump afirmou através do Twitter que tomaria esta semana sua "decisão final" sobre se os EUA continuarão fazendo parte do Acordo de Paris.

Durante a sua campanha eleitoral, Trump criticou duramente o Acordo de Paris e a mudança climática, um fenômeno que chegou a chamar de "invenção" dos chineses. Já como presidente, o magnata decidiu iniciar um processo para revisar se convém aos EUA continuar no pacto.

Segundo a Casa Branca, Trump queria ouvir seus sócios no G7, o grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo, antes de tomar uma decisão a respeito.

Apesar da pressão exercida pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a declaração final da cúpula do G7 reconheceu que, devido à revisão que está em andamento sobre o Acordo de Paris, os Estados Unidos "não estão em posição de alcançar um consenso" sobre a luta contra a mudança climática.

Os membros do G7, com exceção dos EUA, reiteraram nessa declaração o seu compromisso de implementar "rapidamente" o Acordo de Paris.

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