Mundo

Trump lança na Flórida campanha à reeleição em 2020

O presidente escolheu a saúde da economia americana como tema para o lançamento da campanha de reeleição: "Nossa economia é a inveja do mundo"

Donald Trump: De olho na reeleição, presidente dos EUA lança sua campanha para 2020 no estado da Flórida (Joe Raedle/Getty Images)

Donald Trump: De olho na reeleição, presidente dos EUA lança sua campanha para 2020 no estado da Flórida (Joe Raedle/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 19 de junho de 2019 às 08h48.

Última atualização em 19 de junho de 2019 às 08h55.

O presidente americano, Donald Trump, lançou nesta terça-feira (18), na Flórida, sua campanha para a reeleição nas presidenciais de 2020, diante de milhares de seguidores que vestiam bonés vermelhos e exibiam cartazes com o slogan que o levou à Casa Branca: "Façamos a América grande de novo".

Após uma apresentação de sua esposa, Melania, Trump subiu ao palco do Amway Center de Orlando, cidade do centro da Flórida, estado que terá um papel importante nas eleições.

O presidente escolheu a saúde da economia americana como tema para o lançamento da campanha de reeleição. "Nosso país avança, prospera e está em pleno crescimento", disse aos cerca de 20 mil seguidores que o ovacionaram, emocionados, ao vê-lo chegar ao centro de convenções.

"Nossa economia é a inveja do mundo. Talvez seja a melhor economia que tivemos na história do nosso país", disse Trump, que aposta em que os bons indicadores econômicos convençam o eleitorado de que ele merece um segundo mandato de quatro anos na Casa Branca.

O presidente disse à multidão que, juntos, formam "um grande movimento político", que "intimidou o 'establishment' político corrupto" e voltou a dirigir suas baterias aos adversários democratas, acusando-os de querer "destruir" o país.

"Nossos adversários radicais democratas são influenciados pelo ódio, o preconceito e a raiva. Querem destruir nosso país como o conhecemos. Não é aceitável", afirmou.

O presidente também aproveitou para denunciar os meios de comunicação que, segundo ele, publicam "notícias falsas", um comentário que gerou vaias do público à imprensa.

Com 14 milhões de eleitores, a Flórida é um "swing state" - como são chamados os estados sem direção política definida - e costuma deixar o país em suspense com votações apertadas.

Mas Orlando e outras grandes cidades da Flórida são ilhas democratas em meio a um mar vermelho - cor que identifica o Partido Republicano, em oposição ao azul dos adversários.

Embora Trump seja impopular entre os hispânicos em nível nacional por seu gerenciamento da crise migratória, os que moram no sul da Flórida - em particular - sentem bastante simpatia por ele.

Em sua maioria, são cubanos que votarão a favor do candidato que promete linha dura contra qualquer governo de esquerda da América Latina.

E, no último ano, Trump cortejou com sucesso este grupo, ao qual venezuelanos e nicaraguenses se somaram desde que o presidente endureceu as sanções contra os governos de Havana, Caracas e Manágua.

Depois de mais de dois anos na Casa Branca, marcados por dramas e intrigas, o empresário do ramo imobiliário aposta em que a economia pujante e sua promessa de lutar pela esquecida classe trabalhadora americana convençam o eleitorado de que ele merece um segundo mandato de quatro anos.

Mas já há mais de 20 democratas competindo pela indicação do partido e a longa investigação sobre a existência de vínculos entre sua equipe de campanha e a Rússia nas eleições de 2016, bem como seu estilo divisor e dilacerante, prejudicou sua imagem de presidente 'outsider'.

Várias pesquisas de opinião mostram que Trump fica muito atrás se enfrentar Joe Biden, o favorito para levar a indicação democrata, que tem como mensagem devolver os Estados Unidos aos tempos menos conturbados quando Barack Obama dirigia o país e ele era seu vice-presidente.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Netanyahu diz que Israel fará 'o possível' para evitar que Irã tenha armas nucleares

Premiê do Líbano pede a Macron que pressione Israel a parar violações do cessar-fogo

Netanyahu ameaça com "guerra intensa” caso Hezbollah viole acordo de trégua

Sheinbaum descarta ‘guerra tarifária’ com EUA após conversa com Trump