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Trump abandonará diretriz de Obama sobre diversidade nas universidades

Novo plano irá acabar com políticas existentes, abandonando diretrizes que pediam para Instituições considerarem raça como maneira de promover diversidade

60 organizações asiáticas-americanas reclamaram que as políticas de Harvard são discriminatórias por limitarem a admissão de asiáticos-americanos (Rose Lincoln/Harvard/Divulgação)

60 organizações asiáticas-americanas reclamaram que as políticas de Harvard são discriminatórias por limitarem a admissão de asiáticos-americanos (Rose Lincoln/Harvard/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2018 às 21h00.

Última atualização em 4 de julho de 2018 às 09h31.

Washington - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja encorajar faculdades a ignorarem raça em seus processos de admissão, abandonando diretrizes que pediam para universidades considerarem raça como uma maneira de promover diversidade, relataram nesta terça-feira (03) o The Wall Street Journal e o New York Times.

As diretrizes, colocadas em vigor sob o presidente Barack Obama em 2011 e 2016, apresentavam recomendações legais que autoridades do governo Trump afirmam "enganar universidades a acreditarem que formas legais de ações afirmativas são mais simples de alcançar do que a lei permite", relatou o Journal, citando duas pessoas familiarizadas com os planos.

As autoridades planejam argumentar que as diretrizes vão além do que a Suprema Corte decidiu sobre a questão, de acordo com o Journal, que relatou em primeira mão o plano.

O New York Times, citando autoridades não identificadas do governo Trump, disse que o novo plano irá acabar com as políticas existentes e encorajar universidades a não considerarem raça.

A política representa o ponto de vista oficial do governo federal e faculdades que não seguirem a medida podem enfrentar ação do Departamento de Justiça ou perderem financiamentos federais, relatou.

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que universidades podem usar ação afirmativa para ajudar candidatos de minorias a entrarem na faculdade. Conservadores disseram que tais programas podem prejudicar pessoas brancas e asiáticos-americanos.

O Departamento de Justiça sob o presidente republicano Donald Trump tem investigando uma reclamação de mais de 60 organizações asiáticas-americanas de que as políticas da Universidade Harvard são discriminatórias porque limitam a admissão desse grupo.

O departamento se juntou ao movimento Estudantes por Admissões Justas, que está por trás do caso, e pediu a revelação de evidências "poderosas" mostrando que Harvard, sediada em Massachusetts, está violando o Título VI do Ato de Direitos Civis de 1964. O Título VI proíbe discriminação com base em raça, cor e origem nacional em programas e atividades que recebem auxílio financeiro federal.

Harvard diz que suas políticas de admissão cumprem as leis norte-americanas e que tem trabalhado para impulsionar auxílios financeiros para garantir diversidade econômica, assim como racial, em suas salas de aula. A Casa Branca e o Departamento de Justiça não se manifestaram sobre o tema.

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