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Trump insiste em armar professores para impedir tiroteios

A ideia de armar os professores suscitou a rejeição de grupos que defendem maiores controles de armas e do principal sindicato de educadores dos EUA

Trump: sua é proposta de armar por volta de "10% ou 20%" dos professores do país para que eles possam responder a possíveis tiroteios nas escolas (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: sua é proposta de armar por volta de "10% ou 20%" dos professores do país para que eles possam responder a possíveis tiroteios nas escolas (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 18h22.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta sexta-feira em sua proposta de armar por volta de "10% ou 20%" dos professores do país para que eles possam responder a possíveis incidentes envolvendo tiroteios nas escolas, apesar da polêmica que gerou no país.

Se essa proposta estivesse em vigor quando um jovem de 19 anos abriu fogo na semana passada em uma escola de ensino médio em Parkland (Flórida), "um professor teria enchido ele de tiros antes que pudesse reagir", argumentou Trump.

Em um discurso bastante improvisado na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), o grande evento anual da direita americana, Trump se mostrou frustrado pela rejeição que sua proposta de armar alguns professores gerou em vários setores da sociedade do país.

"Há pessoas que são boa gente e se opõem a isso. Eles não gostam da ideia de que os professores" portem armas, afirmou Trump.

Mas o presidente ressaltou que não são "todos os professores", e que não quer que "uma pessoa que nunca segurou uma arma e nem sabe o que é uma esteja armada".

"Mas dentro do total de profissionais de educação, há uns 10%, 20% de pessoas bastante especializadas" em armas, "pessoal militar, pessoal de agências de segurança, que dão aulas", indicou o presidente.

"Esses professores amam seus alunos, e têm talento com as armas", ressaltou Trump, ao acrescentar que prefere que os professores levem essas armas escondidas ao invés da presença de "centenas de guardas com rifles por todo o colégio".

A ideia de armar os professores suscitou a rejeição de grupos que defendem maiores controles de armas e do principal sindicato de educadores dos EUA, a Associação Nacional de Educação (NEA, na sigla em inglês), que opina que os professores "devem se concentrar em ensinar".

Trump ressaltou além disso que é necessário "fortalecer o sistema de verificação de antecedentes" criminais para os compradores potenciais de armas, e ser "muito firmes" na hora de impedir que "os doentes mentais tenham qualquer tipo de acesso às armas".

"Também precisamos de uma cultura em nosso país que valorize a vida e a dignidade humana, uma cultura que condene a violência e nunca glorifique a violência", indicou Trump, que ontem pediu medidas contra a violência em jogos eletrônicos e filmes.

"Vamos fazer o que for necessário" para "reduzir o crime violento nos Estados Unidos", comentou o presidente.

Trump disse ter certeza de que o Congresso americano "vai conseguir" aprovar medidas "desta vez" para prevenir os tiroteios nas escolas, ao assegurar que, agora, os americanos "têm um líder diferente, alguém que quer fazer as coisas e não que somente fala", em aparente referência ao ex-presidente Barack Obama.

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