Trump: na sexta-feira, ele afirmou que fará um grande anúncio sobre a crise humanitária (Jim Young/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de janeiro de 2019 às 16h21.
Washington, 19 jan (EFE).- O anúncio que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará neste sábado sobre o muro na fronteira com o México e a paralisação do governo começará uma hora depois do previsto, segundo informou a Casa Branca.
Na sexta-feira, Trump revelou pelo Twitter faria "um grande anúncio sobre a crise humanitária" na fronteira sul e sobre a paralisação do governo neste sábado às 15h (horário local; 18h em Brasília), mas a Casa Branca não havia confirmado o pronunciamento na agenda diária do governante até agora.
Em comunicado, sem explicar os motivos do atraso, a presidência afirmou que Trump fará o discurso às 16h (horário local; 19h em Brasília).
Nesta manhã, Trump foi a Dover (Delaware, EUA) para se reunir com as famílias dos quatro soldados americanos que morreram nesta semana em um atentado jihadista no norte da Síria.
Ao voltar para Washington e antes do discurso, Trump celebrará como anfitrião no Salão Oval uma cerimônia de naturalização de cidadãos.
Desde 22 de dezembro, o governo federal mantém 25% das operações paralisadas devido à exigência de Trump de incluir recursos para a construção do muro no orçamento federal, uma proposta que se chocou frontalmente com a nova maioria democrata na Câmara dos Representantes.
Segundo a emissora "CBS News" e o jornal "The Washington Post", Trump apresentará uma proposta de acordo com os democratas para acabar com a paralisação, negociada durante conversas entre o vice-presidente Mike Pence, o genro e assessor presidencial Jared Kushner e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell.
O presidente ventilou a ideia de declarar uma emergência nacional, uma medida que o permitiria realocar fundos de outras verbas para a construção do muro, mas se mostrou reticente a dar esse passo.
De acordo com "The Washington Post", essa medida não deve ser anunciada, e sim um plano que se encaixaria com algumas das preferências democratas no que diz respeito à segurança na fronteira.
A paralisação do governo afeta agências de dez departamentos do governo, incluindo Transporte e Justiça; assim como dezenas de parques nacionais, e mantém sem salários 800 mil dos 2,1 milhões de funcionários públicos federais. EFE