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Trump estuda autorizar militares a submeterem imigrantes a exames médicos

Trump voltou sua atenção a caravanas de imigrantes que rumam para a fronteira dos EUA, comparando-as a uma "invasão"

Trump está cogitando autorizar os soldados posicionados na fronteira com o México a realizarem exames médicos em imigrantes (Go Nakamura/Reuters)

Trump está cogitando autorizar os soldados posicionados na fronteira com o México a realizarem exames médicos em imigrantes (Go Nakamura/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de novembro de 2018 às 10h19.

Última atualização em 21 de novembro de 2018 às 10h20.

Washington - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está cogitando autorizar os soldados posicionados na fronteira com o México a realizarem exames médicos em imigrantes, disseram autoridades dos EUA à Reuters.

A proposta, que ainda é um esboço e circula dentro do governo, envolveria os militares em exames de doenças e ferimentos somente se os funcionários da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteira (CBP) estivessem sobrecarregados e incapazes de fazê-lo por conta própria, disseram as autoridades.

O plano ampliaria a missão do Pentágono, que já disse que não prevê que suas forças interajam diretamente com os imigrantes. O Pentágono não quis comentar deliberações internas, dizendo em um comunicado que a operação custaria cerca de 72 milhões de dólares até 15 de dezembro, como base nos planos atuais.

As funções dos militares na divisa, inclusive instalar barreiras de arames e construir abrigos temporários, têm como meta apoiar os funcionários da CBP.

As autoridades norte-americanas que conversaram com a Reuters sobre a proposta o fizeram sob condição de anonimato, uma vez que Trump ainda não deu aval à ideia.

Não ficou claro se a proposta, se confirmada nos próximos dias, pode prolongar a mobilização de ao menos parte das tropas na fronteira.

Na semana passada o comandante da missão disse à Reuters que o número de soldados pode ter atingido um pico de cerca de 5.800, e que em breve analisará se começa a enviar alguns para casa ou reposiciona alguns em novas posições na divisa.

Trump, que conquistou a Presidência em 2016 após uma campanha em que prometeu reprimir a imigração ilegal, voltou sua atenção a caravanas de imigrantes que rumam para a fronteira dos EUA, comparando-as a uma "invasão".

Críticos repudiaram esta posição, vendo-a como uma manobra que politiza os militares.

Cerca de seis mil centro-americanos chegaram às cidades fronteiriças mexicanas de Tijuana e Mexicali, segundo autoridades locais, e mais grupos de imigrantes estão seguindo para Tijuana, onde cerca de 10 mil são esperados.

Ali e em outros pontos de acesso, agentes da CBP são treinados para examinar imigrantes e viajantes em busca de sinais óbvios de problemas infecciosos, como febre, sangramento nos olhos ou outros sintomas de "doenças transmissíveis e que exigem quarentena", de acordo com um relatório de 2015 do Serviço de Pesquisa do Congresso.

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