Trump: "Outros presidentes tinham que ter solucionado este problema, muito antes de eu ter chegado aqui" (Mike Theiler/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 16h13.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira estar disposto ao diálogo com a Coreia do Norte unicamente se este acontecer "sob as condições adequadas", depois que o regime norte-coreano assegurou que deixa a "porta aberta" para uma conversa com o governo americano.
"Eles querem falar, e veremos o que acontece, essa é a minha atitude", disse Trump sobre este assunto durante uma reunião na Casa Branca com a maioria dos governadores do país.
O presidente dos EUA ressaltou que, desde o governo de Bill Clinton (1993-2001), seus antecessores tentaram "falar" com a Coreia do Norte, e não aconteceu "nada" nesses 25 anos.
"Outros presidentes tinham que ter solucionado este problema, muito antes de eu ter chegado aqui", acrescentou.
No entanto, Trump ressaltou que seu governo foi "muito duro" com o regime norte-coreano e disse que a China também endureceu sua postura sobre Pyongyang, embora devesse ter feito mais.
O governo de Trump confia que a oferta de diálogo de Pyongyang representa um "primeiro passo no caminho para a desnuclearização", disse neste domingo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders.
"O EUA, a nossa sede olímpica, a República da Coreia e a comunidade internacional estão de acordo em geral de que a desnuclearização deve ser o resultado de qualquer diálogo com a Coreia do Norte", afirmou Sarah em comunicado.
O general norte-coreano Kim Yong-chol, que lidera a representação norte-coreana que compareceu à cerimônia de encerramento dos Jogos de PyeongChang neste domingo, disse hoje em Seul que "as portas estão abertas ao diálogo com os EUA", e que a Coreia do Norte já tornou pública esta postura várias vezes.
As conversas de para a desnuclearização da península norte-coreana (das quais participam as duas Coreias, EUA, China, Rússia e Japão) permanecem estagnadas há mais de uma década, e representam até o momento o último contato substancial entre Pyongyang e Washington em função do programa nuclear norte-coreano.