Peter Navarro: Ex-assessor de Trump retorna ao governo como principal conselheiro de Comércio e Manufatura (Alex Wong/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 15h54.
Última atualização em 4 de dezembro de 2024 às 16h32.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 4, a escolha de Peter Navarro, que foi preso este ano por desacato, como assessor de Comércio e Manufatura.
Em comunicado, Trump afirmou que Navarro foi tratado “horrivelmente pelo Estado” e que, em seu futuro cargo, ele o ajudará a proteger os trabalhadores americanos e a tornar a manufatura americana “grande novamente”.
Navarro completou em julho sua sentença em uma prisão federal de Miami, depois de ser condenado em 2023 por duas acusações de desacato ao Congresso. Ele foi acusado por não ter apresentado documentos relacionados à investigação e por não ter prestado depoimento perante o comitê da Câmara que investigava o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021.
Os investigadores do Congresso queriam coletar o depoimento de Navarro sobre suas ações após a eleição de 2020, que foi vencida pelo atual presidente dos EUA, o democrata Joe Biden. Trump observou que, em seu primeiro mandato (2017-2021), Navarro o ajudou a renegociar acordos comerciais importantes, como o Nafta e o acordo com a Coreia do Sul (KORUS).
“O cargo de assessor principal aproveita a vasta experiência de Peter na Casa Branca e suas amplas habilidades em análise de políticas e mídia”, detalhou o comunicado. “Sua missão será ajudar a promover e comunicar com sucesso as agendas de produção, tarifas e comércio de Trump.”
Navarro, de acordo com o futuro presidente, não é apenas “excelente”, mas também "um dos principais autores de mais de uma dezena de livros best-sellers sobre gestão estratégica de negócios e comércio desleal”. Trump também destacou que Navarro fez "um trabalho magnífico para o povo americano" durante o primeiro governo de Trump.
Naqueles anos, ressaltou Trump, poucas pessoas foram mais eficazes ou tenazes na implementação de suas duas “regras sagradas: compre americano, contrate americano”.
Durante todo o processo judicial, no qual ele não conseguiu se livrar da pena de prisão, o futuro assessor argumentou que acreditava que, com base em uma invocação de privilégios executivos pelo então presidente Trump, ele não precisaria cumprir as exigências do comitê da Câmara.