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Trump "entrega" prêmio "Fake News" para a imprensa dos EUA

Premiação foi "entregue" para vários meios de comunicação do país, encabeçados pelo jornal "The New York Times"

Donald Trump: presidente americano tinha anunciado há semanas a criação destes prêmios para ofender a imprensa (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: presidente americano tinha anunciado há semanas a criação destes prêmios para ofender a imprensa (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 06h28.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2018 às 12h19.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira os "vencedores" do polêmico "prêmio Fake News" de 2017, que ele "entregou" para vários meios de comunicação do país, encabeçados pelo jornal "The New York Times".

Durante semanas que Trump tinha anunciado a criação destes prêmios para ofender a imprensa, embora sua entrega fosse um grande mistério.

Na noite de quarta, Trump escreveu no Twitter a mensagem "E os vencedores das notícias falsas são..." acompanhado de um link para o site do Comitê Nacional Republicano (GOP) com um lista de dez premiados com estes controversos "prêmios".

Um artigo do renomado economista Paul Krugman, no "New York Times" sobre as repercussões econômicas da vitória de Trump chamado "The economic fallout" foi o escolhido pelo presidente para encabeçar esta insólita lista de "prêmios".

Em sua coluna, Krugman afirmou que a economia "nunca" se recuperaria da passagem do magnata pela Casa Branca.

O segundo meio de comunicação "agraciado" por Trump foi a emissora de TV "ABC", por uma informação da qual depois se retratou, onde assegurava que Michael Flynn, o polêmico ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, iria revelar que o presidente de deu ordens para estabelecer contato com o Kremlin.

Em terceiro lugar no pódio, ficou a informação com a qual a "CNN" afirmou que Trump e seu filho, Donald Trump Jr., tiveram acesso exclusivo aos documentos hackeados à democrata Hillary Clinton e ao Partido Democrata que Wikileaks vazou durante a campanha eleitoral.

No total, a "CNN" recebeu quatro dos dez "prêmios", seguido pelo "New York Times" com dois e o jornal "The Washington Post", as revistas Time e "Newsweek" e a "ABC" com um cada um.

Acompanhado do tweet com a "entrega dos prêmios", Trump também escreveu: "Apesar de uma cobertura da mídia corrupta e desonesta, há muitos grandes jornalistas que respeito e muitas boas notícias para que os americanos fiquem orgulhosos".

Dois senadores republicanos, John McCain e Jeff Flake, criticaram duramente Trump pelo seu plano de anunciar os "prêmios", e rejeitaram seus rotineiros ataques à imprensa como "sem precedentes e nem sentido", em palavras de Flake.

"Já não podemos combinar os ataques à verdade com o nosso silencioso consentimento. Já não podemos fazer vista grossa ou nos fazer de surdos a estes ataques contra as nossas instituições", disse Flake, que comparou Trump com o ex-líder soviético Josef Stalin.

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