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Trump enfrentará grande teste em votação de reforma da saúde

Ainda que a medida seja aprovada pela Câmara, irá enfrentar um desafio duro no Senado, onde os republicanos detêm uma maioria mais estreita

Trump: os líderes republicanos da Câmara expressaram confiança na aprovação do novo projeto de lei (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: os líderes republicanos da Câmara expressaram confiança na aprovação do novo projeto de lei (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2017 às 09h41.

Washington - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos deve realizar nesta quinta-feira uma votação decisiva para revogar o sistema de saúde conhecido como Obamacare, depois que líderes republicanos trabalharam para garantir ao presidente Donald Trump vitória em uma de suas prioridades legislativas.

Os líderes republicanos da Câmara expressaram confiança na aprovação do novo projeto de lei, e vários moderados do partido que antes se recusavam a apoiá-lo deram seu aval na quarta-feira, o que deu um novo ímpeto à iniciativa.

Mesmo assim se espera que a votação seja apertada. Ainda que a medida seja aprovada pela Câmara, irá enfrentar um desafio duro no Senado, onde os republicanos detêm uma maioria mais estreita.

Determinado a obter sua primeira grande vitória legislativa desde que tomou posse em janeiro, Trump apostou seu capital político no projeto de lei da reforma da saúde, encontrando-se em pessoa e ligando para parlamentares na tentativa de cortejar seu apoio.

Trump, cujo Partido Republicano controla tanto a Câmara quanto o Senado, procura cumprir sua promessa de campanha de descartar e substituir o Obamacare, e assessores disseram que ele não largou o telefone.

Os republicanos moderados temiam que a legislação para reformar a lei de saúde de 2010 do ex-presidente Barack Obama deixasse um número grande demais de pessoas portadoras de doenças preexistentes sem condições de arcar com um plano de saúde.

Mas os parlamentares republicanos céticos deram seu apoio ao projeto de lei depois de se encontrarem com Trump para debater um meio-termo, que mesmo assim deve ser rejeitado unanimemente pelos democratas.

As perspectivas de aprovação da legislação melhoraram ainda mais depois que membros do Caucus da Liberdade, uma facção de republicanos conservadores da Câmara que desempenhou um papel central na rejeição da versão original do projeto de lei no mês passado, disseram que podem concordar com o meio-termo.

O Obamacare proporcionou planos de saúde a milhões de norte-americanos a mais, mas os republicanos o atacam há tempos por vê-lo como uma intromissão do governo e por se queixarem de que ele eleva os custos.

Chamado de Lei Americana de Acesso à Saúde, o projeto de lei republicano revogaria a maioria dos impostos do Obamacare, incluindo uma penalidade para os que não adquirem planos de saúde. Ele também cortaria o financiamento do Medicaid, o programa que oferece cobertura aos pobres, e anularia a maior parte da expansão do programa.

O esforço mais recente ocorre depois de tentativas anteriores de Trump para reformar o sistema de saúde fracassarem duas vezes.

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