O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, endureceu sua posição sobre a Faixa de Gaza na terça-feira, 11, ao dizer que seu país controlará o enclave palestino e que seus habitantes serão transferidos para "lotes" de terra na Jordânia e no Egito.

"Vamos tê-lo, vamos mantê-lo e vamos nos certificar de que haja paz, que não haja problemas, que ninguém o questione e que vamos administrá-lo adequadamente", disse Trump aos repórteres na Casa Branca no início de uma reunião com o rei Abdullah II da Jordânia.

Trump insistiu em seu plano de promover "desenvolvimento econômico em grande escala" em Gaza, com a construção de "muitas coisas boas, incluindo hotéis, prédios de escritórios, moradias e outras coisas".

O republicano também sugeriu que os palestinos que vivem atualmente em Gaza possam ser realocados para "lotes" de terra na Jordânia ou no Egito, já que o desenvolvimento imobiliário na Faixa de Gaza os impediria de permanecer "por anos".

"Acho que teremos um lote na Jordânia, acho que teremos um lote no Egito e talvez em outro lugar. Mas acho que, quando terminarmos nossas conversas, acho que teremos um lugar onde eles viverão muito felizes e seguros. Eles só querem estar na Faixa de Gaza porque não conhecem outro caminho. Eles nunca tiveram uma alternativa", acrescentou.

A proposta de Trump de transferir os habitantes de Gaza para outros países gerou uma rejeição generalizada no mundo árabe.

Enquanto isso, o rei Abdullah II anunciou que a Jordânia acolherá 2.000 menores doentes da Faixa de Gaza, após a pressão do presidente dos EUA para que a nação árabe receba refugiados palestinos.