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Trump eleva esperanças de paz no Oriente Médio após conversas

Presidente americano passou uma hora negociando com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, sobre um processo de paz na região

Donald Trump: "eu estou comprometido a tentar alcançar um acordo de paz entre os israelenses e palestinos" (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: "eu estou comprometido a tentar alcançar um acordo de paz entre os israelenses e palestinos" (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2017 às 10h47.

Belém, Cisjordânia - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou sobre as perspectivas de paz entre israelenses e palestinos neste terça-feira, afirmando acreditar que ambos os lados estão comprometidos com um acordo histórico, mas não ofereceu propostas concretas sobre como chegar lá.

Após uma hora de negociações com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Belém, na Cisjordânia ocupada por israelenses, Trump condenou o ataque a bomba em Manchester que matou 22 pessoas, chamando os perpetradores de "perdedores do mal". Ele então passou a abordar os esforços em direção à paz no Oriente Médio.

"Eu estou comprometido a tentar alcançar um acordo de paz entre os israelenses e palestinos e pretendo fazer tudo que posso para ajudá-los a atingir este objetivo", disse ele, com a marca de 50 anos da captura por Israel de territórios que os palestinos buscam para a formação de um Estado próprio aproximando-se no próximo mês.

"O presidente Abbas me garantiu estar pronto para trabalhar em direção a essa meta de boa fé, e o primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu prometeu o mesmo. Eu estou ansioso para trabalhar com esses líderes em direção a uma paz duradoura."

Apesar de Trump falar com frequência nos meses desde que assumiu a Presidência sobre seu desejo de atingir o que chamou de "acordo final", ele não desenvolveu nenhuma estratégia que sua administração possa ter para atingi-lo.

As últimas negociações entre israelenses e palestinos, conduzidas pelo ex-secretário de Estado dos Estados Unidos John Kerry, foram interrompidas em abril de 2014, após cerca de um ano de discussões amplamente infrutíferas.

Enquanto Netanyahu e Abbas deram sinais positivos sobre suas prontidões para negociar, ambos também enfrentam restrições internas à sua liberdade de manobra e de atingir um acordo.

Netanyahu precisa lidar com a oposição de elementos de direita dentro de sua coalizão, que se opõem a quaisquer passos em direção à solução de dois Estados ao conflito de décadas. O partido de Abbas, o Fatah, está em desacordo com o grupo islâmico Hamas, que está no poder em Gaza, não deixando nenhuma posição unificada dos palestinos sobre a paz.

Junto com Trump, Abbas, de 82 anos, no 12º ano de seu mandato original de cinco anos, afirmou estar determinado a entregar um acordo para todos os palestinos, ainda que não tenha providenciado nenhuma substância sobre como tal objetivo possa ser atingido.

"Eu gostaria de reiterar nosso comprometimento em cooperar com você para fazer a paz e forjar um acordo de paz histórico com os israelenses", disse ele, através de um intérprete.

"E gostaríamos de reassegurar nossa vontade de continuar trabalhando com você como parceiros no combate ao terrorismo na nossa região e no mundo."

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