Xi e Trump: "Os dois líderes deram as boas-vindas à perspectiva do diálogo entre Estados Unidos e Coreia do Norte" (Thomas Peter/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de março de 2018 às 20h54.
Última atualização em 9 de março de 2018 às 20h58.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo da China, Xi Jinping, se comprometeram nesta sexta-feira em uma conversa telefônica a manter a pressão e as sanções até que a Coreia do Norte tome medidas tangíveis para uma desnuclearização "completa, verificável e irreversível".
Esta conversa telefônica aconteceu um dia depois de Trump aceitar o convite do líder norte-coreano, Kim Jong-un, para realizar uma cúpula e reunir-se em breve, embora ainda se desconheça a data exata.
"Os dois líderes deram as boas-vindas à perspectiva do diálogo entre Estados Unidos e Coreia do Norte, e se comprometeram a manter a pressão e as sanções até que a Coreia do Norte tome medidas tangíveis para uma desnuclearização completa, verificável e irreversível", informou a Casa Branca em comunicado.
Segundo a nota, Trump expressou sua esperança de que Kim Jong-un eleja "um caminho mais brilhante" para o futuro da Coreia do Norte.
No entanto, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, assegurou hoje na sua entrevista coletiva diária que Trump não se encontrará com o líder norte-coreano até que veja "ações concretas" e "verificáveis" da parte de Pyongyang.
Por sua parte, o vice-presidente Mike Pence disse hoje que seu governo não fez "nenhuma concessão" para conseguir que a Coreia do Norte aceitasse negociar, e atribuiu esse avanço à estratégia de Trump para "isolar" o regime norte-coreano.
"Os norte-coreanos virão à mesa negociadora apesar de os Estados Unidos não terem feito nenhuma concessão, e de, trabalhando de perto com nossos aliados, termos aumentando constantemente a pressão ao regime de Kim (Jong-un)", declarou Pence em comunicado.
O anúncio sobre a reunião entre ambos líderes foi feito pelo chefe do Escritório de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, que se reuniu nesta quinta-feira com Trump na Casa Branca para transmitir-lhe uma mensagem de Kim Jong-un, a quem tinha encontrado na segunda-feira em Pyongyang.
Embora alguns relatos de imprensa indicassem que Chung Eui-yong tinha entregado a Trump uma carta de Kim pedindo a reunião, fontes da Casa Branca negaram a existência dessa carta e asseguraram que o funcionário sul-coreano transmitiu verbalmente a Trump as intenções do líder norte-coreano.