Mundo

Trump e Putin concordaram com 'garantias de segurança' para a Ucrânia e Rússia fez concessões

Segundo enviado especial dos EUA, encontro entre os presidentes da Rússia e EUA trouxe avanços na negociação para acabar com o conflito na Ucrânia

O presidente Donald Trump saúda o presidente Vladimir Putin, no início de reunião de cúpula no Alasca (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)

O presidente Donald Trump saúda o presidente Vladimir Putin, no início de reunião de cúpula no Alasca (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)

Publicado em 17 de agosto de 2025 às 10h52.

Última atualização em 17 de agosto de 2025 às 11h04.

O enviado especial para o Oriente Médio dos Estados Unidos, Steve Witkoff, disse neste domingo, 17, que os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin concordaram, após encontro no Alasca, que os EUA poderiam oferecer garantias de segurança à Ucrânia. Ele também afirmou que a Rússia fez concessões sobre regiões ucranianas em disputa na guerra.

Witkoff é um dos principais assessores de Trump para assuntos internacionais.

“Chegamos a um acordo de que os EUA e outras nações poderiam efetivamente oferecer à Ucrânia uma linguagem semelhante ao Artigo 5,” disse Witkoff no programa State of the Union, da CNN, referindo-se à disposição da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que diz que se um aliado for atacado, isso é considerado um ataque a todos os Estados-membros da organização.

Witkoff afirmou que o entendimento não incluiu o ingresso da Ucrânia na aliança militar, objetivo antigo do governo de Volodymyr Zelenskiy. “Putin diz que o ponto de atenção é a admissão na OTAN”, declarou.

Witkoff: Moscou fez concessões sobre territórios da Ucrânia

Segundo Witkoff, Moscou fez "algumas concessões" em relação a cinco regiões ucranianas importantes na guerra entre Rússia e Ucrânia.

"Os russos fizeram algumas concessões na mesa de negociações em relação às cinco regiões", disse Steve Witkoff à CNN, aparentemente se referindo a Donetsk, Luhansk, Kherson, Zaporizhzhia e Crimeia.

Segundo ele, a Rússia chegou à reunião exigindo que a Ucrânia cedesse os territórios tomados durante a guerra iniciada há três anos.

Witkoff afirmou que Putin “fez algumas concessões com relação às cinco regiões em questão” e acrescentou que “é necessário haver uma discussão sobre Donetsk” com Zelenskiy, sugerindo espaço para negociação.

Mais tarde, Trump publicou em sua rede Truth Social que fez um “GRANDE PROGRESSO COM A RÚSSIA”.

Encontro com líderes europeus na Casa Branca

Witkoff também expressou esperança de uma "reunião produtiva" entre Trump e Zelensky e líderes europeus na Casa Branca nesta segunda-feira, 18.

"Espero que tenhamos uma reunião produtiva na segunda-feira, que cheguemos a um consenso real e que possamos conversar novamente com os russos, pressionar por este acordo de paz e alcançá-lo", disse Witkoff à CNN.

Europa: Ucrânia precisa ser ouvida

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou neste domingo -- ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski -- que "as fronteiras internacionais não podem ser modificadas pela força" e sem a participação da Ucrânia.

"As fronteiras internacionais não podem ser modificadas pela força. Essas são decisões que devem ser tomadas pela Ucrânia e apenas pela Ucrânia, e essas decisões não podem ser tomadas sem a participação da Ucrânia nas negociações", disse Von der Leyen durante uma coletiva de imprensa após receber Zelenski em Bruxelas.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpRússiaVladimir PutinVolodymyr-Zelensky

Mais de Mundo

Trump entrega a Putin uma 'carta da paz' de sua esposa Melania

Israelenses de todo o país pedem o fim da guerra em Gaza: "Prolongá-la não é a solução"

Air Canada anuncia retomada de voos após intervenção do governo por greve

Bolívia inicia eleições para presidente e Congresso com direita como favorita