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Trump e PPK; jornalistas barrados…

Interferência no FBI? A Casa Branca se encrencou ao confirmar uma reportagem da rede de TV CNN que acusa o chefe da Casa Civil dos Estados Unidos, Reince Priebus, de pedir a dois oficiais do FBI que desmentissem reportagens sobre as relações de membros do governo com oficiais russos. A prática de Priebus é vista […]

JORNALISTAS BARRADOS: repórteres de veículos como o The New York Times e a rede de TV CNN foram proibidos de cobrir uma coletiva na Casa Branca / Yuri Gripas/Reuters

JORNALISTAS BARRADOS: repórteres de veículos como o The New York Times e a rede de TV CNN foram proibidos de cobrir uma coletiva na Casa Branca / Yuri Gripas/Reuters

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 18h45.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.

Interferência no FBI?

A Casa Branca se encrencou ao confirmar uma reportagem da rede de TV CNN que acusa o chefe da Casa Civil dos Estados Unidos, Reince Priebus, de pedir a dois oficiais do FBI que desmentissem reportagens sobre as relações de membros do governo com oficiais russos. A prática de Priebus é vista como ilegal por mostrar interferência da Presidência nas investigações do FBI. O presidente Donald Trump, por sua vez, atacou o FBI, criticando a agência de investigação por permitir que informações sejam vazadas à imprensa. “Encontre os culpados por isso agora”, ordenou o presidente. Coincidência ou não, a CNN e outros veículos, como The New York Times e BuzzFeed, foram barrados numa coletiva de imprensa na Casa Branca nesta sexta-feira.

PPK e Trump

O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, visitou Donald Trump em Washington, sendo o primeiro líder latino-americano a encontrar o presidente americano. Segundo PPK, como é conhecido, os dois discutiram temas como imigração e comércio, e o peruano classificou a reunião de “cordial” e “construtiva”. A crise venezuelana foi um dos assuntos abordados e, em entrevista após o encontro, Trump disse que ambos “têm um problema com a Venezuela, que está fazendo muito mal”.

Retorno nuclear

Congressistas aliados ao presidente russo, Vladimir Putin, manifestaram-se nesta sexta-feira após Donald Trump dizer em entrevista à Reuters que os Estados Unidos não podem “ficar para trás” no desenvolvimento de armas nucleares. Um deles, Alexei Pushkov, disse que a declaração “coloca em dúvida” os acordos de paz firmados pós-Guerra Fria, enquanto Konstantin Kosachev declarou que o mundo pode voltar aos “piores tempos da guerra armamentista” das décadas de 50 e 60. O Kremlim, por sua vez, não quis se pronunciar.

Preocupação pela Opel

O presidente da montadora francesa PSA, Carlos Tavares, tentou tranquilizar políticos e sindicatos britânicos sobre a negociação com a General Motors para a compra da Opel, braço europeu da GM que opera no Reino Unido e na Alemanha. Fabricante dos veículos da marca Peugeot, a PSA quer, segundo Tavares, expandir a produção da Opel e “conduzir um diálogo” com os países afetados. O diretor sindical britânico Len McCluskey classificou a conversa como “relativamente positiva” e diz que o objetivo de Tavares não parece ser “fechar fábricas”. A Opel é responsável por 38.000 empregos na Alemanha e 4.500 no Reino Unido (onde opera com a marca Vauxhall).

Macron e Merkel

Depois de se encontrar com a premiê britânica, Theresa May, nesta semana, a Alemanha será a próxima parada do candidato centrista à Presidência da França, Emmanuel Macron. Um porta-voz do governo alemão anunciou que ele deve se encontrar com a chanceler Angela Merkel em março. Até agora, Macron é o favorito na disputa: uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Ifop-Fiducial mostra o centrista indo ao segundo turno e vencendo a ultranacionalista Marine Le Pen com 60% dos votos.

Le Pen e Fillon na berlinda

Também nesta sexta-feira Marine Le Pen se recusou a ser interrogada acerca das acusações de que ela e seu partido, a Frente Nacional, teriam usado fundos da União Europeia para pagar funcionários. A candidata afirma que o caso tem motivação política. Outro encrencado com a Justiça é o conservador François Fillon: procuradores franceses indicaram nesta sexta-feira um juiz para investigar as acusações de que a esposa de Fillon teria recebido por serviços que não prestou. A nomeação do juiz leva as investigações, até então preliminares, a uma nova etapa, sendo mais uma dura derrota para Fillon, outrora favorito — hoje ele tem 20,5% dos votos e não chegaria ao segundo turno na pesquisa da Ifop-Fiducial.

Brexit caro

A Comissão Europeia quer que o Reino Unido pague uma multa de 60 bilhões de euros antes mesmo de começar a negociar o Brexit, saída do país da União Europeia. O presidente da comissão, Jean-Claude Juncker, já havia dito que os britânicos teriam de arcar com uma multa “robusta”. Itália, França e Alemanha apoiam que não haja negociação comercial sem que os britânicos abram a carteira, mas temem irritar o Reino Unido e prejudicar as relações entre os países. O Reino Unido, por sua vez, defende que as negociações comerciais e a multa pela saída sejam negociadas ao mesmo tempo.

Agente XV

A polícia da Malásia afirmou que Kim Jong-nam, irmão do ditador norte-coreano Kim Jong-un, foi morto usando um veneno conhecido como “Agente XV”, substância que a ONU classifica de “arma de destruição em massa”. Uma única gota é suficiente para destruir o sistema nervoso. Agora o governo malaio quer saber como a substância entrou no país e pediu à ONU que investigue uma possível participação da Coreia do Norte, que não assina o acordo para banir a substância. Kim Jong-nam foi morto num aeroporto de Kuala Lumpur em 13 de fevereiro, e duas mulheres, uma indonésia e outra vietnamita, foram presas.

Samsung no Vietnã

A empresa de tecnologia Samsung vai investir 2,5 bilhões de dólares no Vietnã, uma de suas maiores bases produtoras de smartphones. O investimento fará os valores gastos da companhia no país chegarem a 6,5 bilhões e vai aumentar os produtos fabricados de 180 milhões para 220 milhões.

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