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Trump e o triunfo do ódio

Não deu para Ted Cruz. Após a vitória de Donald Trump na primária de Indiana na noite de ontem, o senador texano desistiu da corrida republicana à Casa Branca. “Eu continuaria enquanto houvesse um caminho viável para a vitória, mas, esta noite, sinto dizer, esse caminho foi fechado”, afirmou Cruz em discurso após as projeções do […]

TRUMP: ele disse que o Nafta é o pior acordo comercial da história. Será? / Lucas Jackson/ Reuters

TRUMP: ele disse que o Nafta é o pior acordo comercial da história. Será? / Lucas Jackson/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 06h07.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h15.

Não deu para Ted Cruz. Após a vitória de Donald Trump na primária de Indiana na noite de ontem, o senador texano desistiu da corrida republicana à Casa Branca. “Eu continuaria enquanto houvesse um caminho viável para a vitória, mas, esta noite, sinto dizer, esse caminho foi fechado”, afirmou Cruz em discurso após as projeções do resultado das urnas serem divulgadas. Com 546 delegados, Cruz tem pouco mais da metade dos 1.001 delegados de Trump — e está longe demais dos 1.237 necessários para levar a indicação do partido na convenção de 7 de junho.

O caminho está aberto agora para Donald Trump, um bilionário afeito às declarações misóginas e racistas, entrar para história. Primeiro, por ser o único candidato presidencial desde Dwight D. Eisenhower — general que liderou a vitória Aliada na Segunda Guerra Mundial — a nunca ter ocupado um cargo eletivo. E, em segundo lugar, por ser o candidato com a maior rejeição já registrada desde 1980. Trump tem um índice de rejeição superior a 50%, segundo o cientista político da Universidade Dartmouth Brendan Nyhan.

Nada que o faça baixar o topete. Hillary Clinton, a democrata que perdeu Indiana nesta terça-feira mas segue como sua provável adversária, é a segunda colocada no ranking de rejeição. E, desde 2004, o candidato mais odiado tem vencido as eleições — primeiro Bush e, depois, Obama. O candidato mais querido foi Michael Dukakis, em 1988. Mas alguém, realmente, se lembra de quem foi Dukakis? Trump nunca se preocupou em ser o mais amado. É improvável que comece agora.

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