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Trump e Hillary tentam conquistar indecisos no 2º debate

Candidatos querem ampliar a pequena margem que os divide nas pesquisas de intenção de voto.


	Donald Trump e Hillary Clinton: desafio de ampliar a pequena margem que os divide nas pesquisas de intenção de voto.
 (Charles Mostoller / Jonathan Ernst / Reuters)

Donald Trump e Hillary Clinton: desafio de ampliar a pequena margem que os divide nas pesquisas de intenção de voto. (Charles Mostoller / Jonathan Ernst / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2016 às 18h41.

Saint Louis — A candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, e o republicano Donald Trump se enfrentam neste domingo no segundo debate antes das eleições de novembro nos Estados Unidos, quando se esforçarão para conquistar os eleitores indecisos e ampliar a pequena margem que os divide nas pesquisas de intenção de voto.

Em um momento especialmente tenso pela divulgação de um vídeo de 2005 no qual Trump faz comentários machistas, os dois candidatos presidenciais debaterão pela penúltima vez às 20h (horário local, 22h em Brasília) na Universidade de Washington, na cidade de Saint Louis, no estado do Missouri. O debate terá duração de 90 minutos, sem a interrupção de comerciais, e todas as perguntas virão de eleitores indecisos da região metropolitana de Saint Louis, que foram selecionados pela empresa de consultoria Gallup, ou de internautas.

"Serão umas 11 ou 12 perguntas ao todo, algumas delas virão das redes sociais, e outras dos cidadãos" que estarão fisicamente no debate, explicou à Agência Efe o principal assessor da Comissão de Debates Presidenciais (CPD) que se encarrega de organizar estes encontros, Peter Eyre.

Esse formato é diferente do usado no primeiro debate, realizado no fim do mês passado em Nova York, quando os candidatos respondiam às perguntas de um único moderador. Responder diretamente às perguntas dos eleitores representa um desafio para ambos, já que essa forma "terá um impacto mais direto na opinião pública", defendeu Tammy Vigil, especialista em comunicação política da Universidade de Boston.

"Frequentemente os moderadores são ignorados ou os candidatos falam por cima deles, mas esse comportamento é considerado menos aceitável quando os cidadãos perguntam. Embora os candidatos tentem inserir em sua resposta a mensagem que planejaram, existe uma pressão maior para responder à pergunta do eleitor", acrescentou ela.

De acordo com o jornal "The Washington Post", Hillary planeja falar logo no começo sobre os comentários de Trump sobre as mulheres no vídeo divulgado nesta sexta-feira e com relação à capacidade do magnata para ser presidente. Apesar de Trump ter se desculpado na madrugada de sábado, os mais destacados líderes do Partido Republicano fizeram duras críticas sobre as declarações e vários legisladores conservadores e históricos nomes do partido pediram para que ele abandonasse a campanha e retiraram seu apoio.

A ex-secretária de Estado quer aproveitar a grande audiência que o debate deve ter para maximizar o impacto de sua resposta ao escândalo, sobre o qual até agora só reagiu com um tweet na sexta-feira.

Os moderadores do debate, os jornalistas Anderson Cooper e Martha Raddatz, selecionaram as perguntas das redes sociais e dos eleitores indecisos. O estádio de basquete do campus se transformou em cenário para o debate, no qual Hillary e Trump se sentarão em duas cadeiras, sem púlpitos, e ficarão rodeados por cerca de 40 eleitores indecisos, com, aproximadamente, 1.000 pessoas a mais assistindo das arquibancadas. 

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