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Trump é cobrado por republicanos a mostrar mais seriedade

A próxima terça-feira pode ser um divisor de águas entre os eleitores republicanos, que votam nas primárias partidárias de Wisconsin


	Donald Trump: aqueles que se admiraram com a capacidade de Trump para chegar à liderança da corrida têm feito alertas ao empresário bilionário
 (Dominick Reuter/AFP)

Donald Trump: aqueles que se admiraram com a capacidade de Trump para chegar à liderança da corrida têm feito alertas ao empresário bilionário (Dominick Reuter/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2016 às 14h40.

Washington - O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos favorito nas pesquisas, Donald Trump, está sofrendo pressão de integrantes do partido e de apoiadores para adotar uma postura mais séria na campanha presidencial, ante temores de que uma série de gafes do magnata possar causar um estrago duradouro.

Aqueles que se admiraram com a capacidade de Trump para chegar à liderança da corrida têm feito alertas ao empresário bilionário, cujas fraquezas vêm sendo expostas por seu estilo desbocado de fazer campanha em busca da indicação republicana para a eleição presidencial do dia 8 de novembro.

A próxima terça-feira pode ser um divisor de águas entre os eleitores republicanos, que votam nas primárias partidárias de Wisconsin.

Ted Cruz, principal rival de Trump, lidera as pesquisas de opinião no Estado, e uma vitória do senador do Texas tornaria mais difícil para Trump alcançar o número-chave de 1.237 delegados necessários para garantir a indicação antes da convenção nacional da legenda, em julho.

"Se continuar a pisar na bola, ele arrisca tudo", disse David Bossie, presidente do grupo conservador Cidadãos Unidos que ajudou a apresentar Trump a ativistas conservadores. "Este tipo de erro grosseiro dá ainda mais oportunidade a seus oponentes".

Empresário e ex-apresentador de reality show de 69 anos, Trump nunca exerceu um cargo público eletivo, mas exalta seu domínio do mundo dos negócios como o tipo de experiência que um presidente norte-americano precisa para ter sucesso em casa e no exterior.

Suas declarações da semana passada de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) está obsoleta e de que o Japão e a Coreia do Sul podem precisar desenvolver suas próprias armas nucleares para amenizar o comprometimento financeiro dos EUA com a segurança dos aliados abalaram o Partido Republicano, acostumado a promover uma política externa vigorosa.

Seu comentário de que as mulheres deveriam ser punidas por abortarem se o procedimento for proibido em seu país dispararam um alarme entre os socialmente conservadores que, embora sejam contrários ao aborto, não apóiam medidas punitivas contras as mulheres. Trump se retratou horas mais tarde.

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