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Trump e Biden trocam farpas na reta final da campanha eleitoral

Trump chamou Biden de "estúpido", enquanto o democrata disse que o presidente não teve coragem de enfrentar a pandemia de coronavírus

EUA: Trump voltou a prometer uma vacina contra a covid-19 antes das eleições americanas (Montagem EXAME. (Foto Biden: Stefani Reynolds. Foto Trump: Bloomberg)/Exame)

EUA: Trump voltou a prometer uma vacina contra a covid-19 antes das eleições americanas (Montagem EXAME. (Foto Biden: Stefani Reynolds. Foto Trump: Bloomberg)/Exame)

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AFP

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 06h16.

O presidente americano, Donald Trump, e o rival democrata, Joe Biden, trocaram farpas nesta segunda-feira, no início da reta final de sua corrida pela Casa Branca, com o republicano chamando o oponente de "estúpido" e este último acusando o presidente de não ter tido coragem de enfrentar a pandemia.

Biden e sua companheira de chapa, Kamala Harris, bem como o vice-presidente americano, Mike Pence, visitaram dois estados de grande importância para as eleições: Pensilvânia e Wisconsin.

Trump, que está atrás nas pesquisas, convocou uma entrevista coletiva inesperada na Casa Branca. O presidente alardeou a criação de empregos, após a perda de 10 milhões de postos devido à pandemia, e afirmou que o país está conseguindo contornar a doença.

Trump especulou sobre a possibilidade de uma vacina antes das eleições, o que especialistas consideram improvável, e voltou a atacar a China, seus parceiros na Otan e o acordo de Paris sobre as mudanças climáticas. O presidente também chamou Biden de "estúpido, porque deseja que o país se renda ao vírus, que nossas famílias se rendam aos grupos violentos de extrema esquerda, e quer entregar nossos empregos para a China".

Biden visitou a Pensilvânia, onde se reuniu com líderes sindicais e respondeu on-line a perguntas feitas por membros da poderosa central sindical AFL-CIO.

Totalmente antiamericano

"Sabemos que ele foi muito bom com seus amigos ricos, mas nem tanto com o restante de nós", criticou Biden, que também atacou Trump por causa de um relatório da revista "The Atlantic" que atribuiu ao presidente ter falado com desprezo sobre os veteranos da Primeira Guerra Mundial: "É totalmente antiamericano."

Embora Trump tenha chamado de "farsa" o informe da revista, o tema é considerado sensível, uma vez que uma pesquisa mostrou que ele está perdendo apoio entre militares da ativa. "Não estou dizendo que as lideranças militares me amam, mas os soldados, sim", afirmou o presidente, durante a coletiva de hoje.

Os candidatos à presidência, que costumam percorrer vários estados por dia, limitaram seus deslocamentos este ano, e, no caso de Biden, 77, reúnem-se com muito poucos eleitores.

Tensão

O vice-presidente Mike Pence, novamente companheiro de chapa de Trump, viajou para Wisconsin, no norte, onde o presidente venceu por uma margem mínima em 2016. A candidata democrata à vice-presidência também esteve no local, em sua primeira visita a um estado-chave após a sua indicação.

Assim como Biden o fez na semana passada, Kamala se reuniu a portas fechadas com a família de Jacob Blake, gravemente ferido a tiros por um policial. A senadora da Califórnia é a primeira candidata à vice-presidência negra e de origem indiana na história do país.

A participação dos negros, eleitorado tradicionalmente democrata, despencou nas eleições de 2016 em Wisconsin, e sua mobilização será fundamental em 3 de novembro.

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