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Trump é agente involuntário de Putin, diz ex-diretor da CIA

"Putin explora as debilidades de Trump fazendo elogios a ele", escreveu Michael Morell


	Trump: "Putin explora as debilidades de Trump fazendo elogios a ele", escreveu o ex-subdiretor da CIA Michael Morell
 (Lucas Jackson/Reuters)

Trump: "Putin explora as debilidades de Trump fazendo elogios a ele", escreveu o ex-subdiretor da CIA Michael Morell (Lucas Jackson/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2016 às 13h21.

Um ex-subdiretor da CIA apoiou enfaticamente nesta sexta-feira Hillary Clinton na corrida pela presidência dos Estados Unidos e disse que Donald Trump é um "agente involuntário" do presidente russo, Vladimir Putin.

"Putin explora as debilidades de Trump fazendo elogios a ele", escreveu o ex-subdiretor da CIA Michael Morell em uma coluna de opinião no The New York Times. "Nos serviços de inteligência diríamos que Putin recrutou Trump como agente involuntário da Federação Russa".

Na coluna, explica as razões pelas quais votará em Hillary no dia 8 de novembro e critica fortemente o candidato republicano, afirmando que "não apenas não está qualificado para o cargo (de presidente dos Estados Unidos), mas que pode ser um risco para nossa segurança nacional".

Morell, que passou 33 anos na CIA e a dirigiu interinamente em sua qualidade de subdiretor, lembrou que Putin é um ex-agente de inteligência especializado em descobrir falhas em seus alvos e douto nos meios para explorá-las.

"Putin explorou as debilidades de Trump enchendo-o de elogios. E este último reagiu como Putin havia previsto", disse.

Morell lembrou que Trump classificou o presidente russo de grande líder, encorajou os serviços de inteligência russos a espionar sua rival democrata e colocou em xeque os compromissos dos Estados Unidos com a Otan em caso de agressão russa a um país báltico.

Também acusou Trump de ter "abalado a segurança dos Estados Unidos ao ter pedido que a entrada de muçulmanos no país seja proibida", o que reforça a propaganda terrorista, que afirma que a luta contra o terrorismo é, de fato, uma guerra contra o Islã.

Em contraste, Morell deu seu apoio à ex-secretária de Estado do presidente Barack Obama. "Tenho confiança nela, saberá cumprir a tarefa mais importante de um presidente: garantir a segurança do país", escreveu.

Trump tem se envolvido em inúmeras polêmicas durante sua campanha eleitoral.

A última delas ocorreu na quinta-feira, durante um comício, quando o candidato atacou os imigrantes, os quais, segundo ele, representam uma ameaça terrorista para o território americano.

"Centenas de refugiados, que vêm de territórios e dos países mais perigosos da terra, não? Temos de pôr fim a essa prática", disse em Portland, no Maine (nordeste do país).

"Deixamos entrar pessoas que vêm de países terroristas e que não deveriam ter esse direito, porque não podemos controlá-los", reiterou o candidato republicano. "Não sabemos nada deles. Isso poderia ser o maior cavalo de Troia de todos os tempos", acrescentou.

Em seu discurso, Trump citou o caso de um estudante marroquino detido nos Estados Unidos por tentar cometer um atentado, e o de um refugiado do Uzbequistão perseguido por ter tentado treinar recrutas na fabricação de bombas.

"Estamos tratando com animais", denunciou.

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