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Trump diz ser "amigo" de defensores de armas

O presidente prometeu à Associação Nacional do Rifle que jamais agirá contra o direito ao porte de armas

Donald Trump: "Eu lhes prometo que, como presidente, jamais vou interferir no direito das pessoas de possuir e portar armas. A liberdade não é um presente do governo, é um presente de Deus" (Yuri Gripas/Reuters)

Donald Trump: "Eu lhes prometo que, como presidente, jamais vou interferir no direito das pessoas de possuir e portar armas. A liberdade não é um presente do governo, é um presente de Deus" (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de abril de 2017 às 17h43.

Atlanta - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assegurou nesta sexta-feira aos integrantes da Associação Nacional do Rifle (NRA, sigla em inglês), o maior grupo de pressão em favor da posse de armas no país, que eles têm um "amigo" na Casa Branca, e prometeu que jamais agirá contra o direito ao porte de armas.

"O ataque dos últimos oito anos contra seus direitos protegidos pela Segunda Emenda (da Constituição dos EUA) chegou a um final surpreendente. Vocês têm agora um amigo na Casa Branca", garantiu Trump em um discurso na convenção anual da NRA na cidade de Atlanta, no estado da Geórgia.

"Eu lhes prometo que, como presidente, jamais vou interferir no direito das pessoas de possuir e portar armas. A liberdade não é um presente do governo, é um presente de Deus", acrescentou o chefe de Estado.

Trump é o primeiro presidente a discursar na reunião anual da NRA desde Ronald Reagan em 1983, um fato que o magnata destacou com orgulho, enquanto se vangloriava do apoio público que esse poderoso grupo de pressão lhe concedeu durante a campanha eleitoral em 2016.

"Vocês me apoiaram, e eu vou apoiá-los agora", frisou o governante americano, que neste sábado completa 100 dias no poder.

Trump pediu aos presentes que se mantenham "atentos" com aqueles que querem atacar o direito de portar armas.

"Quando alguém proíbe as armas, (o resultado é que) apenas os criminosos estarão armados", defendeu Trump, ao assegurar que "a propriedade responsável de armas salva vidas".

Além disso, Trump argumentou que seu governo "agiu rapidamente para restaurar algo que importa muito aos proprietários de armas: a aplicação da lei", mediante um apoio "claro" aos policiais e agentes da ordem.

O presidente dos EUA destacou, em particular, a política de tolerância zero declarada por seu governo contra o grupo criminoso Mara Salvatrucha (MS-13), uma organização que surgiu nas ruas de Los Angeles, na Califórnia, e que ganhou força na América Central, especialmente em El Salvador.

"Sabem o que é a MS-13, não? As coisas já não são agradáveis para eles. Os vamos tirá-los daqui, verdade? Fora daqui", disse Trump.

A posição do magnata republicano sobre o controle de armas contrasta fortemente com a articulada pelo ex-presidente Barack Obama, que afirmou em várias ocasiões que uma de suas maiores frustrações era não ter conseguido fazer nada para evitar as mortes de inocentes nos episódios violentos envolvendo armas de fogo que ocorrem com regularidade nos EUA.

Obama promoveu em 2013 medidas para o controle de armas, mas o Congresso sequer aprovou a que gerava mais consenso no país, a verificação de antecedentes dos compradores, devido, em parte, à grande influência política da NRA.

Trump brincou hoje que é improvável que nas próximas eleições presidenciais, em 2020, haja muitos candidatos democratas que apareçam para falar na conferência da NRA, especialmente se for "Pocahontas", a forma que o presidente utiliza para se referir à senadora progressista Elizabeth Warren.

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