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Trump diz que veto a transgêneros é "favor" às Forças Armadas

Em seu campo de golfe, Trump disse aos jornalistas que a questão dos militares transgêneros era "complicada" e "confusa" para as Forças Armadas

Trump: "Acho que estou fazendo um grande favor para os militares", reforçou (Zach Gibson/Getty Images)

Trump: "Acho que estou fazendo um grande favor para os militares", reforçou (Zach Gibson/Getty Images)

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AFP

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 22h23.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira ter feito um "grande favor" às Forças Armadas dos Estados Unidos ao vetar a incorporação de transgêneros às tropas.

Falando a jornalistas em seu clube de golfe em Nova Jersey, onde passa férias, Trump disse que a questão dos militares transgêneros era "complicada" e "confusa" para as Forças Armadas.

"Veja, eu tenho um grande respeito pela comunidade (transgênero)", disse Trump. "Penso ter grande apoio - ou ter tido grande apoio - desta comunidade. Tive muitos votos", prosseguiu.

Mas, segundo Trump, a questão das tropas transgênero era "uma situação muito difícil" para as Forças Armadas americanas.

"Como sabem, era uma questão muito complicada para os militares", insistiu. "Era uma questão muito confusa para os militares", continuou.

"Acho que estou fazendo um grande favor para os militares", reforçou.

Em uma série de tuítes postados no mês passado, derrubou uma política que durou mais de um ano durante a administração Obama e que permitiu a transgêneros servir abertamente nas Forças Armadas.

Seu anúncio foi feito com pouca ou nenhuma coordenação com o Pentágono e durante as férias do secretário de Defesa, Jim Mattis, surpreendendo o Departamento, que tentava, às pressas, trazer uma resposta coerente.

Esta semana, cinco mulheres trans das Forças Armadas americanas entraram com processos contra Trump e o Pentágono por causa do veto.

Em uma ação apresentada em uma corte federal na quarta-feira, as cinco pleiteantes, membros da Força Aérea, da Guarda Costeira e do Exército, declararam sentir-se inseguras sobre seu futuro, inclusive se serão demitidas ou se perderão os benefícios pós-serviço ou de reforma.

A ação foi apresentada pelo Centro Nacional de Direitos das Lésbicas (NCLR, na sigla em inglês) e pelo grupo de advocacia GLAAD, contra Trump, Mattis e vários outros altos oficiais.

Todas as demandantes eram homens que fizeram a transição para se tornar mulheres.

O número de trans entre o 1,3 milhão de membros ativos nas Forças Armadas americanas é pequeno, com estimativas que variam entre 1.320 e 15.000.

Duas semanas após os tuítes de Trump, a Casa Branca não havia dado diretrizes claras ao Pentágono sobre como deve implementar o veto aos transgêneros. Por isso, a política atual permanece em vigor por enquanto.

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