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Trump diz que vai comprar chips da Coreia do sul

Em encontro com o presidente sul-coreano, ele disse que também vai fabricá-los no país 'pelo nosso povo'

Agência o Globo
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Publicado em 25 de agosto de 2025 às 17h08.

Última atualização em 25 de agosto de 2025 às 17h17.

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O presidente americano Donald Trump anunciou nesta segunda-feira que os Estados Unidos vão comprar chips da Coreia do Sul. O anúncio foi feito durante encontro com o presidente sul-coreano Lee Jae Myung, na Casa Branca.

"Nós também vamos fabricar chips aqui com o nosso povo, usando nosso povo", afirmou.

Ambos expressaram otimismo quanto à estreita cooperação em temas relacionados à Coreia do Norte, segurança nacional e construção naval, embora o presidente americano tenha minimizado as chances de novas concessões no acordo tarifário com Seul.

"Podemos alcançar grandes avanços com a Coreia do Norte", afirmou Trump nesta segunda-feira, na Casa Branca, ao lado de Lee.

O líder sul-coreano lançou uma ofensiva de charme em direção a Trump, elogiando os acabamentos dourados que ele acrescentou ao Salão Oval e seus esforços para manter a paz, e pediu que ele se concentrasse em pôr fim às tensões na península coreana. Lee chegou a sugerir que Trump poderia construir uma torre com seu nome na Coreia do Norte, caso a paz fosse alcançada.

Trump também parabenizou Lee por sua eleição e disse: "Estamos com você 100%", apesar de comentários anteriores que questionavam a estabilidade política na Coreia do Sul e aprofundavam ainda mais as tensões com esse aliado de longa data.

Ambos os líderes aprovaram um acordo emergente na área de construção naval, no qual Trump se comprometeu a comprar navios da Coreia do Sul, e Lee reconheceu o desejo de Trump de que a construção naval coreana nos EUA empregue trabalhadores americanos.

Espera-se que o governo de Lee anuncie planos de investimento de empresas privadas americanas no valor de cerca de US$ 150 bilhões. No entanto, a troca de gentilezas no Salão Oval ocorreu no contexto dos comentários feitos por Trump, mais cedo na segunda-feira, sobre a instabilidade política na Coreia do Sul, após declarações de Lee, a caminho de Washington, de que “não pode simplesmente aceitar” as mudanças no acordo comercial.

O encontro em Washington ocorre poucas semanas após as duas partes chegarem a um acordo comercial de última hora que limitou a 15% as tarifas sobre importações dos EUA de produtos sul-coreanos, permitindo que Seul evitasse a tarifa de 25% que Trump havia ameaçado impor. No entanto, desde então, autoridades americanas demonstraram insatisfação com os termos do acordo.

Também se esperava que a reunião abordasse questões delicadas, como o acordo de cooperação em defesa, que Seul tentou inicialmente incluir no pacto tarifário. Autoridades dos EUA também demonstraram interesse em detalhar os US$ 350 bilhões que a Coreia do Sul se comprometeu a investir nos EUA como parte do acordo.

Ainda assim, Trump indicou que o acordo de tarifa de 15% sobre as importações sul-coreanas provavelmente será mantido sem alterações, apesar dos esforços de Seul para obter melhores condições.

"Ouvi dizer que querem renegociar o acordo, mas tudo bem, não me importo. Isso não significa que vão conseguir alguma coisa, mas eu não me importo", declarou o presidente dos EUA.

Trump disse que gostaria de ter outro encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e afirmou que ambos "ficaram muito amigos" durante as duas cúpulas realizadas em seu primeiro mandato.

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