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Trump diz que vai cancelar 92% das ordens assinadas por Biden

Em uma publicação no Truth Social, o presidente americano afirmou que as ordens assinadas por Biden são consideradas inválidas

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 28 de novembro de 2025 às 17h01.

Última atualização em 28 de novembro de 2025 às 17h39.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 28, que vai cancelar todas as ordens executivas e outras disposições assinadas por seu sucessor, Joe Biden, com o uso do "Autopen", uma ferramenta que permite reproduzir assinaturas autênticas de forma automática.

Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump argumentou que, ao utilizar o autopen, as ordens assinadas por Biden seriam inválidas, e destacou que o ex-presidente teria usado o equipamento em 92% das suas assinaturas.

"Qualquer documento assinado pelo Joe Biden com a 'Autopen', o que representa aproximadamente 92% deles, é por meio deste documento anulado e não terá mais validade ou efeito. O uso da 'Autopen' é proibido sem a aprovação específica do Presidente dos Estados Unidos. Os lunáticos da esquerda radical que cercam Biden ao redor da bela Mesa Resolute no Salão Oval lhe roubaram a Presidência", declarou Trump.

Ao declarar sua intenção de cancelar as ordens executivas assinadas por Biden, Trump chamou o ex-presidente de "corrupto", pois considera que todas as pessoas que usaram a autopen são "corruptas.

"Por meio deste documento, cancelo todas as Ordens Executivas e qualquer outro documento que não tenha sido assinado diretamente pelo Joe Biden corrupto, pois as pessoas que operaram a 'Autopen' agiram ilegalmente. Joe Biden não esteve envolvido no processo da caneta automática e, se ele disser que esteve, será processado por perjúrio. Agradeço a atenção dispensada a este assunto!"

O Autopen é um dispositivo usado para replicar assinaturas autênticas, sendo utilizado por presidentes dos Estados Unidos há várias décadas. No entanto, Trump levantou questões sobre a validade de algumas ações de Biden, especialmente perdões, alegando que essas decisões podem ter sido tomadas por assistentes do presidente, sem o seu conhecimento direto. Em resposta, o governo republicano iniciou uma investigação para apurar o caso.

Biden já admitiu ter usado a Autopen

Em julho, o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu, em entrevista ao jornal The New York Times, que utilizou o "Autopen" para conceder perdões presidenciais no final de seu mandato, em janeiro deste ano.

No entanto, Donald Trump contestou a validade de alguns desses perdões, alegando que eles podem ter sido assinados por auxiliares de Biden, sem o seu conhecimento direto, o que, segundo o republicano, tornaria as ações inválidas. Em resposta, o governo de Trump iniciou uma investigação para investigar a situação.

Biden, por sua vez, defendeu que foi ele quem ordenou pessoalmente os perdões emitidos por seu governo, refutando as acusações feitas por Trump e seus aliados, que sugeriram que o democrata não teria participado das decisões devido a um possível declínio cognitivo, o qual teria começado a se manifestar durante a campanha eleitoral.

"Eu tomei cada uma daquelas decisões [perdões]", admitiu Biden, na entrevista ao New York Times.

E acrescentou: "Eu sei o quão vingativo Trump é. Todo mundo sabe. Então, sabíamos que fariam exatamente o que estão fazendo agora (risos). Minha família não fez nada de errado. (...) Eu simplesmente sei como ele age, então eu tomei conscientemente todas aquelas decisões [perdões presidenciais], entre outras".

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