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Trump diz que tomará decisões sobre a Síria "muito em breve"

Temores de um confronto entre a Rússia e o Ocidente são grandes desde que Trump disse que os mísseis "estão a caminho" da Síria

Donald Trump: presidente disse que está realizando reuniões sobre a Síria nesta quinta-feira (Ralph Freso/Getty Images)

Donald Trump: presidente disse que está realizando reuniões sobre a Síria nesta quinta-feira (Ralph Freso/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 12 de abril de 2018 às 14h57.

Washingotn/Londres/Moscou - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que está realizando reuniões sobre a Síria nesta quinta-feira nas quais ameaçou atacar com mísseis em reação a um possível ataque com gás venenoso e que acredita que decisões serão tomadas "muito em breve".

Os temores de um confronto entre a Rússia, a maior aliada da Síria, e o Ocidente são grandes desde que Trump disse na quarta-feira que os mísseis "estão a caminho" após o ataque na cidade síria de Douma no dia 7 de abril e criticou duramente Moscou por estar ao lado do presidente sírio, Bashar al-Assad.

"Nunca disse quando um ataque à Síria aconteceria. Pode ser muito em breve ou nem tão logo assim!", escreveu Trump em um tuíte na manhã desta quinta-feira.

Mais tarde, ele disse: "Estamos fazendo uma série de reuniões hoje, veremos o que acontece. Agora temos que tomar algumas... decisões, então elas serão tomadas muito em breve".

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que seu país tem provas de que o governo sírio realizou o ataque, que grupos humanitários afirmaram ter matado dezenas de pessoas, e que decidirá se contra-ataca quando toda a informação necessária tiver sido reunida.

"Temos prova de que na semana passada... armas químicas foram usadas, ao menos com cloro, e que foram usadas pelo regime de Bashar al-Assad", disse Macron, sem dar detalhes de qualquer indício.

"Teremos que tomar decisões no devido tempo, quando julgarmos ser mais útil e eficiente", disse ele à rede TF1.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, convocou seus ministros para uma reunião especial do gabinete para estudar se sua nação deve se unir aos EUA e à França em uma possível ação militar. Ela qualificou o ataque em Douma, localidade situada ao leste da capital Damasco antes dominada por rebeldes, de bárbaro.

A Síria e seus apoiadores, Rússia e Irã, dizem que os relatos sobre o ataque foram fabricados por rebeldes e agentes de resgate de Douma e acusaram Washington de pretender usá-lo como pretexto para atacar o governo.

Mas o secretário de Defesa norte-americano, James Mattis, disse ao Congresso nesta quinta-feira que acredita ter ocorrido um ataque químico na Síria, mas um pouco mais tarde acrescentou que os EUA não tomaram nenhuma decisão de iniciar uma ação militar na Síria.

Ele acusou a Rússia de ser cúmplice da retenção de armas químicas por parte da Síria a despeito de um acordo de 2013 que exigiu que Damasco as abandonasse e que Moscou ajudasse a mediar o pacto.

Uma equipe de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) está viajando à Síria e iniciará suas investigações no sábado, informou a entidade sediada na Holanda.

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