Agência de notícias
Publicado em 16 de julho de 2025 às 09h35.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que vai impor tarifas sobre produtos farmacêuticos provavelmente no fim deste mês e que medidas semelhantes para os semicondutores também poderão ser aplicadas em breve. A expectativa de analistas é que as tarifas sejam implementadas com as sobretaxas que passarão a vigorar em 1º de agosto sobre importações de diversos países, incluindo o Brasil.
"Provavelmente no fim do mês, e vamos começar com uma tarifa baixa, dando às empresas farmacêuticas cerca de um ano para se adaptarem, e então vamos torná-la uma tarifa muito alta", disse o presidente americano a repórteres ao retornar a Washington após participar de uma cúpula sobre inteligência artificial em Pittsburgh, onde anunciou acordos para o desenvolvimento de infraestrutura e produção de energia no valor de US$ 92 bilhões (cerca de R$ 511 bilhões), visando atender à crescente demanda por IA.
Trump também disse que o cronograma para a implementação de tarifas sobre semicondutores seria “semelhante” e considerou que impor essas tarifas sobre chips é “menos complicado”, sem fornecer mais detalhes.
Em uma reunião de gabinete no início deste mês, Trump disse que planejava impor uma tarifa de 50% sobre o cobre nas próximas semanas e que esperava que as tarifas sobre produtos farmacêuticos chegassem a 200%, após dar às empresas um ano para trazer a produção de volta aos Estados Unidos.
Ele já anunciou investigações sob a Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio de 1962 sobre medicamentos, argumentando que uma enxurrada de importações estrangeiras estaria ameaçando a segurança nacional.
Ainda assim, quaisquer tarifas poderiam impactar imediatamente fabricantes de medicamentos como Eli Lilly, Merck e Pfizer, que produzem remédios no exterior — além de correr o risco de elevar os custos para os consumidores americanos.
O mesmo vale para os planos de Trump para tarifas sobre semicondutores, que devem atingir não apenas os próprios chips, mas também produtos populares como laptops e smartphones da Apple e da Samsung, que são produzidos fora dos EUA.