Repórter
Publicado em 28 de julho de 2025 às 11h42.
Última atualização em 28 de julho de 2025 às 11h59.
O presidente americano, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira, 28, que provavelmente implementará uma tarifa mínima entre 15% ou 20% sobre as importações para os Estados Unidos de países que não negociaram acordos comerciais separados.
"Para o mundo, eu diria que ficará em torno de 15% a 20%… Só quero ser gentil", disse Trump em coletiva de imprensa durante sua visita a Turnberry, Escócia, ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. "Eu diria que entre 15% ou 20%, provavelmente um desses dois números", acrescentou.
Os números são significativos porque representam um aumento em relação à tarifa básica de 10% anunciada por Trump em abril deste ano.
"Vamos estabelecer uma tarifa para essencialmente o resto do mundo, e é isso que eles pagarão se quiserem fazer negócios nos Estados Unidos, porque não se pode sentar e fechar 200 acordos", disse Trump.
As declarações de Trump ocorrem no momento em que vários países ainda não negociaram acordos comerciais com os Estados Unidos, dias antes do prazo final de tarifas em 1º de agosto, incluindo o Brasil, que receberá tarifas de 50% aos produtos exportados ao mercado norte-americano.
A proposta de tarifa básica entre 15% e 20% acompanha alguns dos acordos firmados pelos Estados Unidos com os principais parceiros comerciais nos últimos dias, segundo a CNBC.
Se a previsão se confirmar, o Brasil passará a pagar mais que o dobro em relação a outros países, já que a tarifa aplicada pelo republicano sobre os produtos brasileiros é de 50%.
Na semana passada, Trump anunciou tarifas de 15% sobre o Japão e, no domingo, implementou tarifas de 15% sobre a maioria dos produtos europeus enviados aos EUA.
As principais autoridades econômicas dos Estados Unidos e da China retomam nesta segunda-feira, 28, em Estocolmo, as negociações para tentar resolver disputas comerciais de longa data entre as duas maiores economias do mundo. O encontro tem como objetivo estender a trégua tarifária por mais três meses, segundo informações da agência Reuters.
A China enfrenta o prazo de 12 de agosto para chegar a um acordo tarifário definitivo com o governo Trump. O limite foi definido após Pequim e Washington assinarem acordos preliminares em maio e junho, em um esforço para encerrar semanas de aumento nas tarifas e tensões envolvendo minerais de terras raras.
Caso não haja entendimento, as cadeias globais de fornecimento podem sofrer novos impactos, com tarifas dos EUA retornando a patamares de três dígitos — o que representaria, na prática, um embargo comercial bilateral.