Agência de Notícias
Publicado em 29 de julho de 2025 às 17h33.
Última atualização em 29 de julho de 2025 às 17h44.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que uma reunião com o mandatário da China, Xi Jinping, pode acontecer "antes do final do ano", em declaração feita após o que considerou ter sido um diálogo comercial "positivo" entre delegações dos dois países em Estocolmo.
"Estou ansioso pela reunião, eu diria que ela [pode acontecer] antes do final do ano. Seria uma forma de fechar um círculo", respondeu ele a bordo do Air Force One a uma pergunta da imprensa sobre um futuro encontro entre os dois líderes, que Trump já havia anunciado em junho.
O republicano indicou que as delegações comerciais de Pequim e Washington tiveram "um intercâmbio muito bom hoje" na capital sueca, o que lhe permite ser mais otimista sobre a possibilidade de falar cara a cara com Xi.
"Se você tivesse me perguntado ontem, não, não parecia muito bom. Scott acabou de me dizer que a reunião de hoje com a China foi muito boa", comentou, referindo-se ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, que está conduzindo a conversa do lado americano, juntamente com o representante comercial, Jamieson Greer, entre outros.
A reunião de dois dias em Estocolmo ocorre após as reuniões em Genebra e Londres em maio e junho, respectivamente, e o telefonema de Trump e Xi em 5 de junho, no qual o presidente chinês convidou o americano para ir a Pequim.
Bessent e Greer anunciaram que se reunirão com Trump nesta quarta-feira na Casa Branca para informá-lo sobre o progresso das negociações e obter sua aprovação para a extensão por mais 90 dias da trégua tarifária acordada pelos dois países, que deve terminar em 12 de agosto.
Os dois lados estavam saindo das tarifas de 145% que os EUA impuseram sobre os produtos chineses e de 125% que Pequim aumentou sobre os produtos americanos, embora durante a pausa Washington tenha reduzido as taxas para 30% e a China para 10%.
Se um acordo não for alcançado antes do fim da trégua, Pequim poderá enfrentar tarifas de 80% a 85% sobre alguns de seus produtos, segundo os negociadores dos EUA.