Donald Trump: "o processo para eu decidir sobre o Gabinete e muitos outros cargos está muito organizado" (Carlo Allegri/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de novembro de 2016 às 09h19.
Nova York - Em meio a fortes críticas sobre a caótica gestão de sua equipe, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta quarta-feira que o processo de transição à Casa Branca "está muito organizado" e que só ele conhece quem irá compor o governo.
"O processo para eu decidir sobre o Gabinete e muitos outros cargos está muito organizado. Eu sou o único que sabe quem são os finalistas!", escreveu Trump em sua conta no Twitter, depois de revelar que tiveram baixas entre os integrantes que administram a transição.
De acordo com a imprensa americana, dois importantes membros da equipe de Trump se viram obrigados a deixar seus postos: o governador de Nova Jersey, Chris Christie, e o ex-congressista e ex-presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Rogers.
Christie foi substituído pelo vice-presidente eleito, Mike Pence, como chefe da equipe de transição, e Rogers, que se encarregava da segurança nacional no processo, anunciou ontem sua saída.
A saída do governador de Nova Jersey se deve, aparentemente, as diferenças que tem com o genro de Trump, Jared Kushner, que também integra a equipe de transição, segundo jornais americanos.
Já Rogers e outro membro do grupo encarregado da segurança nacional, Matthew Freedman, ambos considerados próximos a Christie, foram destituídos, segundo o "The New York Times".
Christie era procurador-geral de Nova Jersey quando o pai de Kushner foi julgado e preso por evasão de impostos, contribuições ilícitas a campanhas e manipulação de testemunhas em 2004.
Trump também quis em seu tweet evitar especulações sobre quais serão os integrantes de seu governo a partir de janeiro, quando tomará posse, ao assegurar que só ele conhece quem irá fazer parte dele.
Por enquanto, Trump só fez duas nomeações importantes: o chefe de Gabinete, já que assumirá a presidência do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus; e o chefe de estratégia e conselheiro sênior, Stephen Bannon.
A escolha deste último, considerado uma das vozes mais destacadas da direita radical que apoia a Trump, foi muito criticada por políticos e pela imprensa, que lembram comentários racistas e misóginos feitos por ele nos últimos meses.