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Trump diz que enviará imigrantes para prisão em Guantánamo

Detenção em base militar teria 30 mil vagas; republicano assinou lei para facilitar deportação de imigrantes

O presidente Donald Trump, durante evento na Casa Branca  (Chip Somodevilla/AFP)

O presidente Donald Trump, durante evento na Casa Branca (Chip Somodevilla/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 17h25.

Última atualização em 29 de janeiro de 2025 às 17h26.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que assinará uma ordem executiva para que os imigrantes irregulares sejam enviados para um centro de detenção em Guantánamo.

Trump afirmou que o local terá cerca de 30 mil camas, e que o lugar "é muito difícil de escapar", durante um evento na Casa Branca. Ele não detalhou o perfil dos imigrantes que seriam enviados para lá.

Os Estados Unidos possuem uma base militar em Guantanamo, na ilha de Cuba, onde foi montada uma prisão. O local recebeu acusados de terrorismo e de envolvimento nos atentados de 11 de setembro de 2001.

Os presos em Guantánamo, no entanto, ficaram em situação jurídica diferente. Por não estarem em solo americano, não estavam sujeitos às leis dos Estados Unidos. Assim, muitos ficaram anos à espera de julgamento.

Lei para facilitar deportações

Trump sancionou nesta quarta-feira uma lei, chamada Laken Riley, que determina a prisão e acelera a deportação de estrangeiros que entraram no país de modo irregular e foram processados por crimes como roubo, furto e ataques a policiais.

Riley era uma estudante de 22 anos que foi morta por um imigrante venezuelano. Ele entrou irregularmente no país e havia sido detido por furto, mas não ficou preso.

Críticos da medida dizem que, com isso, bastará que haja uma acusação contra um imigrante para que ele possa deportado, sem esperar pela decisão da Justiça se ele é culpado ou inocente, o que vai contra o processo legal americano.

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